Central


Viação Central Ltda.
Emprêsa de Ônibus Central Ltda.

1932 - 1968

Histórico

Empresa de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal fundada em 1932 na cidade do Rio de Janeiro pela firma Neves & Brauer composta pelos sócios Manuel Martins Neves e Ricardo Brauer.

Em 16 de janeiro de 1932, foi autorizada pela Prefeitura do Districto Federal, através da Inspectoria de Concessões, a implantar sua primeira linha de auto-omnibus, a Lapa - Praça da Bandeira, com o seguinte itinerário: Largo da Lapa, rua do Riachuelo, Santana, Mangue, Praça da Bandeira, rua São Christóvão até o ponto final na estação Francisco Sá. A linha tinha duas secções tarifárias de 200 réis cada:

1ª - Largo da Lapa - Praça 11 de Junho
2ª - Praça 11 de Junho - Estação Francisco Sá

Em 11 de julho de 1934, a Viação Central adquire a Viação Primor, de propriedade de Albino Ribeiro Junior, assumindo a linha Lapa - Praça Sáenz Peña com o seguinte itinerário: Largo da Lapa, rua do Riachuelo, Santana, Mangue, Praça da Bandeira, Mariz e Barros, Almirante Cockrane e Praça Sáenz Peña. Com 3 secções tarifárias de 200 réis cada:

1ª - Largo da Lapa - Praça 11 de Junho
2ª - Praça 11 de Junho - Rua Affonso Penna
3ª - Affonso Penna - Praça Sáenz Peña

Em primeiro de dezembro de 1936, a firma Neves & Brauer, proprietária da Viação Central, adquire a Viação Republicana, concessionária de uma única linha de omnibus, a Arsenal da Marinha - Bispo, sendo substituída pela linha Praça Paris - Estrada de Ferro, com o seguinte itinerário: Praça Paris, Beira Mar, Teixeira de Freitas, Largo da Lapa, Mem de Sá, Maranguape, rua dos Arcos, Lavradio, Relação, Inválidos, Praça da República (lado Igreja de São Jorge) e Estrada de Ferro. Volta: Estrada de Ferro, Praça da República (lado Casa da Moeda), rua 20 de Abril, Carlos de Carvalho, Ubaldino do Amaral,  Henrique Valadares, Relação, Gomes Freire, Riachuelo, Mem de Sá, Maranguape, Largo da Lapa, rua da Lapa e Praça Paris. Com preço único de 200 réis. A linha foi autorizada a funcionar em 16 de abril de 1937.

Linhas em 1939

71 – Lapa - Estrada de Ferro
72 – Lapa - Francisco Sá
73 – Lapa - Praça Sáenz Peña

Em março de 1946, com frota de 18 ônibus, sua garagem localizava-se na rua Rua Barão de Ubá, 233, na Praça da Bandeira.

A linha 73 (Lapa - Praça Sáenz Peña) era a de maior demanda da cidade, transportando em 1946 5.732.657 passageiros.

Em 14 de fevereiro de 1947, inaugura o prolongamento da Linha 72 (Lapa – Francisco Sá) até o Grajaú, com o seguinte itinerário: Candelária, Presidente Vargas, Praça Sáenz Peña, Pinto Figueiredo, Barão de Mesquita, Barão de Bom Retiro, Avenida Conselheiro Richard, Rua Canasvieiras, rua Grajaú.

Também em 1947, a linha 71 (Lapa - Estrada de Ferro) é transformada na linha 71 (Candelária - Penha Circular), prolongada até a Villa da Penha em 1951 e finalmente até o Irajá em 1953.


Ponto final da linha 73 na Lapa
Correio da Manhã, 22/05/1949
Para ampliar clique na imagem

Divulgação em outubro de 1952

Vida Carioca, agosto 1949

O Jornal, 08/01/1950


Em 1952 a linha 72 (Candelária - Grajaú) foi transferida para a Viação Nacional.

Linhas em março de 1953

71 - Lapa – Irajá
73 - Praça 15 – Sáenz Peña

Em março de 1953, parte da frota estava parada por falta de peças de reposição, em função da proibição de importação de peças imposta pelo governo federal.

Em 29 de junho de 1953, a Prefeitura aprova o pedido de prolongamento da linha 73 (Sáenz Peña - Praça 15) até o Aeroporto Santos Dumont e do restabelecimento da antiga linha Praça da Bandeira - Lapa.

Em março de 1954, assume a tradicional linha 77 (Rio Comprido – Praça São Salvador), substituindo a Viação Continental, que faliu.


Linha 71 (Lapa - Irajá) por volta de 1953

Linha 71 (Lapa - Irajá) na Avenida Brasil, altura de Manguinhos, em 25/12/1955
Foto Arquivo Nacional. Fundo Correio da Manhã


Segundo o Guia Rex de 1955, a linha 71 (Lapa - Irajá) tinha o seguinte itinerário: Largo da Lapa, rua do Passeio, Rio Branco, Beira Mar, Presidente Antônio Carlos, Nilo Peçanha, Rio Branco, Presidente Vargas, Francisco Bicalho, Avenida Brasil, Avenida Nova York, Praça das Nações, Cardoso de Morais, Leopoldina Rêgo, Nicarágua, Guaianazes, Lobo Junior, Estrada de Braz de Pina, Estrada do Quitungo e Praça Caraguatá. 

Linhas em outubro de 1956

71 - Lapa - Irajá
77 - Rio Comprido - Praça São Salvador
171 - Praça Tiradentes - Avenida das Bandeiras

Linhas em junho de 1958

71 - Lapa - Irajá
77 - Rio Comprido – São Salvador
171 - Avenida das Bandeiras - Tiradentes

Em 1963, é extinta a linha 171 (Avenida das Bandeiras - Tiradentes).

Em 1964, seguindo novo Plano de Transportes, as linhas 71 (Lapa - Irajá) e 77 (Rio Comprido - São Salvador) são renumeradas, ganhando respectivamente as vistas 350 (Lapa - Irajá) e 401 (Rio Comprido - São Salvador).

Em 1964, a linha 350 (Irajá - Lapa) foi transferida pra Viação Três Amigos, sendo devolvida em 2 de maio de 1965. No ano seguinte, a Viação Central, depois de operá-la por alguns meses de forma precária, com apenas 3 carros, transfere a linha para a Viação Forte.

A empresa foi extinta em 1968, quando operava sua única linha, a 401 (Rio Comprido - São Salvador), logo assumida pela Viação Carioca.

Garagens

Rua Barão de Ubá, 35, Praça da Bandeira
Estrada do Quitungo, 1438, Braz de Pinna

Frota

1940        28
1941        28
1956        40
1958        40


REFERÊNCIAS:

Termo de Obrigação. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 31 janeiro 1932. p.25.

Termo Aditivo de Obrigação. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 12 julho 1934. p.20.

Termo de Transferência e Incorporação de Autorização. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 03 dezembro 1936. p.17.

Termo de Prorrogação de Autorização. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 17 abril 1937. p.22.

Relação das empresas de ônibus do Districto Federal com as respectivas frotas. Comissão Especial de Transporte Coletivo. Rio de Janeiro. 12 agosto 1940.

Ameaçado o Rio ficar sem ônibus. O Globo. 27 março 1946. Geral. p.11.

Duzentos ônibus nas garagens e o carioca torrando nas filas. O Globo. 23 março 1953. Vespertina. Geral. p.11.

A morte viaja do Grajaú a Ipanema. Tribuna da Imprensa. 15 junho 1956. p.2.

Greve Geral de 500 ônibus com 900 mil cariocas sem transportes. Tribuna da Imprensa. 15 outubro 1956. p.2.

Situação da Greve em cada uma das emprêsas de ônibus. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 06 junho 1958. Primeiro Caderno, p.7.

Fala o povo. Última Hora. Rio de Janeiro. 19 março 1965. p. 2. 

Inferno. Última Hora. Rio de Janeiro. 31 agosto 1965. p.3.

Moradores de Irajá pedem ônibus melhor. Diário de Notícias. Rio de Janeiro. 19 dezembro 1965. Primeira Seção. p.18.