Paraense


Auto Viação Paraense Ltda.
1951 - 1990

Histórico

Empresa de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, fundada no início da década de 1950 na cidade do Rio de Janeiro.

Em novembro de 1952, explorava a linha de lotação Olaria - Lagoa, com 13 carros de 16 passageiros. 

Em 1953, inaugura a linha de ônibus 105 (Olaria - Forte de Copacabana), com o seguinte itinerário: Praça Progresso, Angélica Mota, Leopoldina Rêgo, Cardoso de Morais, Praça das Nações, Avenida Paris, Avenida Brasil, Francisco Bicalho, Presidente Vargas, Avenida Passos, Praça Tiradentes, rua da Carioca, Largo da Carioca, Almirante Barroso, Rio Branco, Beira Mar, Praia do Flamengo, Oswaldo Cruz, Nações Unidas, Túnel do Pasmado, Lauro Sodré, Túnel novo, Barata Ribeiro, Djalma Ulrich, Nossa Senhora de Copacabana, Joaquim Nabuco, Atlântica e Francisco Otaviano (Forte).

Apesar de sua grande extensão, a linha 105 (Olaria-Forte de Copacabana) era operada com apenas 5 ônibus. Ainda em 1955, a população reclamava do insuficiente número de veículos.

Em novembro de 1957, o Departamento de Concessões aprova a nova pintura da frota.

Em junho de 1958, com 23 carros, explorava sua única linha de ônibus, a 105 (Olaria – Forte de Copacabana).


Linha 105 (Olaria - Forte de Copacabana) na Praia do Flamengo em 1959
ao lado da linha 21 (Mauá-Leblon)  da Castelo Auto Ônibus
Foto Arquivo Nacional

Carroceria Metropolitana

Um carro Metropolitana da Paraense ao lado de um DC-3 sem parte das asas na Avenida Brasil em 08/05/1960, na altura do antigo Campo de Pouso de Manguinhos. Amplia.


Em 1963, seguindo novo Plano de Transportes a linha 105 (Olaria - Forte de Copacabana) foi renumerada, ganhando a vista 484 (Olaria - Copacabana).




Avenida Presidente Vargas em 1964. Cartão Postal


Em 1964, durante alguns meses, explorou a linha de ônibus 120 (Castelo - Copacabana) Expresso, via Aterro do Flamengo.

Em 1967, assume a linha 126 (Bairro de Fátima - Jardim de Alá) substituindo a Transportes Helena

Em dezembro de 1968,  assume a linha 274 (Castelo - Cachambi) até então explorada pela Viação São Jorge.







Foto - Linha 484 (Olaria-Copacabana) em 1970

Em 22 de maio de 1972, inaugura a linha 664 (Maria da Graça - Triagem), parcial da linha 274 (Castelo - Maria da Graça), seguindo novo Plano de Transportes de diminuição do número de ônibus no Centro. A linha foi extinta em 1974.


Linha 484 (Olaria - Copacabana) na Praia de Botafogo em  julho de 1972
Foto Arquivo Nacional

Linha 484 no viadutos dos Marinheiros
Diário de Notícias, 09/09/1972


Linhas em 1973

274 - Castelo - Maria da Graça, 20 carros
484 - Olaria – Copacabana, 44 carros
664 - Maria da Graça – Triagem, 7 carros

Em 1976, inaugura a linha  485 (Olaria-Copacabana), via Túnel Santa Bárbara.

Linhas em 1979

274 - Castelo - Maria da Graça
484 - Olaria - Copacabana
485 - Penha - Copacabana, via Túnel Santa Bárbara

Em primeiro de novembro de 1980, inicia a operação, em caráter experimental, do ônibus com reboque tipo Romeu e Julieta, na linha 484 (Olaria - Copacabana).

O novo veículo que tinha capacidade para 240 passageiros, sendo 74 sentados. 

Em abril de 1981, após 3 meses de teste, a Paraense foi a primeira e única empresa da cidade a adquirir o modelo, que só circulava nos dias úteis e nos horários de maior movimento. Um dos inconvenientes do veículo era a necessidade de dois trocadores e a dificuldade de marcha a ré em garagens pequenas.

A Viação Oriental já tinha testado o mesmo modelo, mas não se interessou pela compra. 

Em 16 de março de 1981, inaugura as variantes das linhas 485 (Penha-Copacabana) e 634 (Sáenz Peña - Ilha do Governador) via Cidade Universitária.


Julho de 1982

Ônibus com reboque tipo Romeu e Julieta na linha 484 (Olaria - Copacabana) em julho de 1982


A Empresa em dezembro de 1982

Frota autorizada: 120
Linhas em operação: 4
Passageiros/mês: 2.080.755




Linhas em agosto de 1983

274 - Maria da Graça - Castelo
357 - Bento Ribeiro - Largo de São Francisco
484 - Olaria - Copacabana, via Aterro do Flamengo
485 - Penha - Copacabana, via Túnel Santa Bárbara


Linhas da Paraense em 1985
Para ampliar clique na imagem

Transporte Moderno, maio 1986

Linha 357 (Praça 15 - Madureira) no Terminal Misericórdia

Linha 357 (Praça 15 - Madureira) no Terminal Misericórdia


Em julho de 1987, a Paraense assumiu as linhas 497 (Penha - Cosme Velho), 498 (Penha Circular - Cosme Velho)906 (Caju - Jardim América) da Colúmbia Auto Ônibus, do mesmo grupo empresarial. Pouco tempo depois incorporou a linha 274 (Castelo - Maria da Graça) da mesma empresa.

Em setembro de 1987, a Paraense já se encontrava em dificuldades financeiras. Contava com 9 linhas de ônibus em operação, 165 carros, 800 funcionários e duas garagens, uma em Inhaúma e outra em Bento Ribeiro. Dois meses depois da Colúmbia entregar suas linhas à Prefeitura.

Linhas da Paraense em outubro 1987

274 - Castelo - Maria da Graça
296 - Castelo - Irajá, junto com mais 3 empresas 
342 - São Francisco - Vista Alegre
357 - São Francisco - Bento Ribeiro
484 - Olaria - Copacabana
485 - Penha - Copacabana
497 - Penha - Cosme Velho
498 - Penha Circular - Cosme Velho
906 - Bonsucesso - Jardim América

Em abril de 1988, transportava diariamente cerca de 70 mil passageiros com 92 ônibus, quando deveria colocar 140 em circulação.

Linhas em julho de 1990

274 - Maria da Graça - Castelo
336 - Vista Alegre - Praça 15
342 - Jardim América - Castelo
351 - Bento Ribeiro - Praça 15
484 - Olaria - Copacabana
485 - Penha - Copacabana

A Viação Paraense encerrou suas operações em 28 de janeiro de 1991, quando contava com 120 ônibus, transportando mensalmente 1,5 milhão de passageiros. Seu acervo foi adquirido pela Auto Diesel.

Últimas linhas da empresa

274 - Maria da Graça - Castelo
484 - Olaria - Copacabana
485 - Penha - Copacabana, via Túnel Santa Bárbara

Prefixos da Frota

95 00, década de 1950
39 000, a partir da década de 1960

Garagens

Rua Juazeiro, 19, Ramos
Rua Miguel Cervantes, Cachambi
Rua Cardoso de Morais, 495, Bonsucesso. Em junho de 2021, ocupado por uma oficina mecânica.
Rua Mateus Silva, 67, Inhaúma



Frota

1952          13
1958          23
1973          71
1981          79
1982        120
1988          92


REFERÊNCIAS:

Mais de 2.200 camionetas aumentam. O Jornal. Rio de Janeiro. 25 novembro 1952. p.8.

Maior comodidade para os passageiros de ônibus. Gazeta de Notícias. Rio de Janeiro. 14 julho 1953. p.2.

Auto Viação Paraense. Diário Oficial da União. 06 novembro 1957. Seção 2, p.18.

Situação da greve em cada uma das empresas de ônibus. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 06 junho 1958. p.7.

Governo intervém nas empresas de ônibus. Diário de Notícias. Rio de Janeiro. 13 novembro 1962. p.2.

Ameaça de nova greve de ônibus. Correio da Manhã. 
Rio de Janeiro. 27 março 1964. p.3.

Bando mascarado assalta empresa de ônibus. O Globo. Rio de Janeiro. 02 outubro 1967. p.4.

Motoristas ficam desempregados. Luta Democrática. Rio de Janeiro. 03 dezembro 1967. p.5.

Colisão no Aterro fere 4. O Jornal. Rio de Janeiro. 29 novembro 1968. p.7.

CARVALHO, Fred; GONÇALVES, Neuto. Romeu e Julieta chega ao Rio de Janeiro. Transporte Moderno. São Paulo. Abril 1981. p.66.

Decreto faz parar 25% das empresas. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 30 agosto 1981. p.16.

Transporte Urbano Rodoviário na Cidade do Rio de Janeiro. Superintendência Municipal de Transportes urbanos. Dezembro 1982.

Juiz autoriza empresa de ônibus a cobrar mais 3%. O Globo. Rio de Janeiro. 6 agosto 1983. p.11.

Firma falida pode deixar sem ônibus 160 mil na Leopoldina. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 22 setembro 1987.

Paraense em crise é motivo de apreensão. O Globo. Rio de Janeiro. 16 outubro 1987. Jornais de bairro. p.5.

Empresa com ônibus mal cuidados poderá sofrer intervenção. O Globo. Rio de Janeiro. 9 abril 1988. 

No Jardim América são muitas as queixas. O Globo. Rio de Janeiro. 20 julho 1990. Jornais de Bairro. p.10.

Cidade sofre com a falta de ônibus e a extinção de linhas. O Globo. Rio de Janeiro. 29 janeiro 1991. Grande Rio. p.8.

Página lançada em 24 de agosto de 2018.