Castelo


Castelo Auto Ônibus Ltda.
1955 - 1981

Histórico

Empresa de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal fundada em 23 de agosto de 1955 na cidade do Rio de Janeiro pelos sócios Gerhard Mayer, brasileiro naturalizado, e Francisco Oliveira Moura, português. 

Em outubro de 1956 a empresa foi transformada em sociedade anônima.


Certidão da Escritura. Jornal do Commercio, 27/11/1956


Inicia suas operações com frota de 23 carros em duas linhas de ônibus:

221 (Mauá-Copacabana) circular. Itinerário: Praça Mauá, Rio Branco, Visconde de Inhaúma, Uruguaiana, Largo da Carioca, Bitencourt da Silva (atual acesso do Metrô), Rio Branco, Beira Mar, Praia do Flamengo, Oswaldo Cruz, Nações Unidas, Túnel dos Pasmado, Lauro Sodré, Túnel Novo, Barata Ribeiro, Djalma Ulrich, Nossa Senhora de Copacabana, Rainha Elisabeth, Raul Pompéia e Francisco Otaviano. 

222 (Mauá - Copacabana) circular. Itinerário: Praça Mauá, Rio Branco, Visconde de Inhaúma, Uruguaiana, Largo da Carioca, Bitencourt da Silva (atual acesso do Metrô), Rio Branco, Beira Mar, Largo da Glória, rua do Cattete, Largo do Machado, rua das Laranjeiras, Soares Cabral, Alvaro Chaves, Pinheiro Machado, Farani, Nações Unidas, Túnel dos Pasmado, Lauro Sodré, Túnel Novo, Barata Ribeiro, Djalma Ulrich, Nossa Senhora de Copacabana, Rainha Elisabeth, Raul Pompéia e Francisco Otaviano. 


Microônibus Magirus Deutz da Linha 221, no ponto final de Copacabana, na Avenida Atlântica, próximo ao Forte de Copacabana

Carro com chassi Magirus Deutz por volta de 1957


Em agosto de 1957, as linhas 221 e 222 foram renumeradas para 21 e 22. No ano seguinte, as linhas ganham nova vista e itinerário circular: 21 (Mauá - Leblon) via Jockey, e 22 (Mauá - Leblon) via Copacabana.

Em janeiro de 1959, a empresa anuncia a venda de um ônibus austríaco, de marca Steyr, com 30 assentos. No ano seguinte era anunciada a venda de micro-ônibus Magirus Deutz.

Em 1962, os pontos finais das linhas 21 e 22 foram transferidos da Praça Mauá para o bairro de Santo Cristo.


Praia do Flamengo em 1962

Monobloco Mercedes-Benz da Castelo na linha 22 na Praça Mauá
O Jornal, 13/07/1962



Em meados de 1963, as linhas 21 (Santo Cristo-Leblon) via Jockey e 22 (Santo Cristo-Leblon) via Copacabana, seguindo o novo plano de transportes do Governo, são renumeradas, respectivamente para 172 e 128, deixando de ser circulares.

Renda das linhas em 1963 (Cr$)

21 - 172 - 101.487.273,00
22 - 128 - 116.129.066,00


Vida Carioca, março 1963, p.2


Em 4 de julho de 1964, dentro do novo Plano de Trânsito do Centro, foram alterados os itinerários e pontos finais de uma série de linhas de ônibus, entre elas a 123 (Candelária-Jardim de Alá), recém-inaugurada pela CTC, que tem seu ponto final transferido da Candelária para a Praça Mauá. No mesmo dia, a Castelo assumiu a operação da linha, com a vista 123 (Mauá-Jardim de Alá).




Com a inauguração da Rodoviária Novo Rio, em dezembro de 1965, os pontos finais das linhas 128 e 172 foram transferidos do Santo Cristo para a Rodoviária.


Praça Antero de Quental, Leblon, julho de 1966
Foto Augusto Antonio dos Santos


Linhas em 1967

123 - Praça Mauá - Jardim de Alá, via Copacabana
128 - Rodoviária - Antero de Quental, via Copacabana 
172 - Rodoviária -  Antero de Quental, via Jockey

Em 1968, com o fim da Viação Belacap, a Castelo assume a a linha 312 (Tiradentes-Ramos), com frota de 15 ônibus. 


O Cruzeiro, 05/05/1971, p.120


Linhas em novembro de 1978

123 - Mauá - Jardim de Alá
128 - Rodoviária  - Antero de Quental, via Copacabana
172 - Rodoviária  - Antero de Quental, via Jockey
312 - Tiradentes - Ramos

Em 1979, inaugura a linha 173 (Rodoviária-Antero de Quental) via Túnel Santa Bárbara, com o seguinte itinerário: rua Equador, Praça Marechal Hermes, Cidade de Lima, Professor Pereira Reis, rua Santo Cristo, América, Viaduto São Sebastião, Salvador de Sá, Heitor Carrilho, Frei Caneca, Túnel Santa Bárbara, Viaduto Engenheiro Noronha, Pinheiro Machado, Fernando Ferrari, Praia de Botafogo, São Clemente, Humaitá, Jardim Botânico, Marquês de São Vicente, Artur Araripe, Visconde de Albuquerque, Ataulfo de Paiva, João Lira, General San Martin e rua General Urquiza.


Garagem por volta de 1980


A Castelo Auto Ônibus encerrou suas operações em 1981, por não atender a determinação de frota mínima de 120 carros por empresa. 

Seu acervo foi adquirido por duas empresas, a Real Auto Ônibus, que assumiu as linhas 123, 128, 172 e 173, e a Viação Nossa Senhora de Lourdes, a linha 312.

Centro de Documentação e Memória
Eurico Divon Galhardi


Prefixos da Frota

96 00          Década de 1950
21 500

Garagens

Rua Mena Barreto, 103, Botafogo, em 1958
Couto Magalhães, 235, Benfica, em 1969
Rua Peter Lund, 30, Caju


REFERÊNCIAS:

As empresas de ônibus estão nadando em dinheiro. Última Hora. Rio de Janeiro. 19 julho 1956. Segundo Caderno. p.11.

Castelo Auto Ônibus. Certidão da Escritura. Lavrada no Livro 562 à Folha 61 em 22 de outubro de 1956. Jornal do Commercio. Rio de Janeiro. 27 novembro 1956. p.15.

Roubou o lotação e fêz linha particular. Última Hora. Rio de Janeiro. 15 abril 1958. p.6.

Vende-se. Correio da Manhã. Rio de Janeiro. 11 janeiro 1959. Classificados. Segundo Caderno. p.8.

Lacerda vai estudar problemas das kombis. Diário Carioca. Rio de Janeiro. 30 agosto 1962. p.10.

Castelo Auto Ônibus S.A. Relatório da Diretoria. Diário Oficial do Estado da Guanabara. Rio de Janeiro. 04 abril 1964. Parte I. p.6157.

Ladrões mascarados assaltam garagem de empresa de ônibus. Luta Democrática. Rio de Janeiro. 24 agosto 1969. p.2.

Página lançada em 14 de junho de 2018.

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