São Jorge

Viação São Jorge Ltda.
1931 - 1968

Histórico

Empresa de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal fundada em 1931 na cidade do Rio de Janeiro por Reynaldo Moreira.

Em 3 de dezembro de 1931, foi autorizada pela Prefeitura do Districto Federal, através da Inspectoria de Concessões, a implantar sua primeira linha de coletivo, a linha de auto-lotação Meyer – Irajá, via Avenida Suburbana, com o seguinte itinerário: Estação do Meyer, Archias Cordeiro, rua das Officinas, rua Abolição, Suburbana, Estrada Marechal Rangel (atual Avenida Ministro Edgard Romero) e Estrada Monsenhor Félix até Irajá. Com seis secções tarifárias de 200 réis cada:

1ª - Estação Meyer - Rua Abolição, esquina Suburbana
2ª - Rua Abolição, esquina Suburbana - Estação Cascadura
3ª - Estação Cascadura - Estação Madureira
4ª - Estação Madureira - Tomabadouro
5ª - Tombadouro - Pau Ferro
6ª - Pau Ferro - Irajá

Linhas de omnibus em junho de 1932

Penha - Madureira
Penha - Villa da Penha

Em 05 de fevereiro de 1934, inaugura sua primeira linha de ônibus, a Cascadura – Ramos, via Estrada Vicente de Carvalho, com o seguinte itinerário: Estação Cascadura, Suburbana, Carolina Machado, Maria Freitas, Carvalho de Souza, Estrada Marechal Rangel (atual Avenida Ministro Edgard Romero), Estrada Vicente de Carvalho (pelo Parque Celeste), Estrada Braz de Pinna, Ibiapina e Uranos até a estação de Ramos. Com seis secções tarifárias de 200 réis cada:

1ª - Cascadura - Madureira
2ª - Madureira - Largo de Vaz Lobo
3ª - Largo de Vaz Lobo - Estação Vicente de Carvalho
4ª - Estação Vicente de Carvalho - Thomaz Lopes
5ª - Thomaz Lopes - Estação da Penha
6ª - Estação da Penha - Estação de Ramos

Em janeiro de 1935, a empresa foi multada por prolongar a linha Penha – Vila da Penha até a estação do Colégio, sem autorização.

Em 19 de agosto de 1937, a  Viação Americana é incorporada à Viação São Jorge, que detinha a concessão da linha Meyer - Palácio Monroe.

A Viação São Jorge passa a operar uma única linha de ônibus, a Meyer - Palácio Monroe, com o seguinte itinerário: Palácio Monroe, Rio Branco, Visconde de Inhaúma, Marechal Floriano, Praça da República (lado Quartel), Estrada de Ferro, Senador Euzebio (ida), Visconde de Itaúna (volta), Francisco Bicalho, Francisco Eugenio, Figueira de Mello, Campo de São Christóvão, São Luiz Gonzaga, Anna Nery, Doutor Garnier, Conselheiro Mayrink, Lino Teixeira, Sousa Barros, Archias Cordeiro, Carolina Meyer e Aristides Caire. A linha tinha passagem direta de 1$200 réis e 5 secções tarifárias:

1ª - Palácio Monroe - Camerino, 200 réis
2ª - Palácio Monroe - Leopoldina, 400 réis
3ª - Leopoldina - Largo da Cancella, 200 réis
4ª - Largo da Cancella - Jockey Club, 200 réis
5ª - Jockey Club - Meyer, 400 réis

Com a incorporação da Viação Americana, a Viação São Jorge ganha dois novos sócios: Celestino Esteves da Costa e Antonio Moreira Pinto.

Em 1941 operava a linha suburbana Meyer – Olaria, mais tarde prolongada até o Porto de Maria Angu.

Em 1942, no dia 31 de março, inaugura sua nova garagem na rua Viúva Cláudio, 408, no bairro do Jacaré.

Em agosto de 1944, a linha S-4 (Meyer-Olaria) é prolongada até o Porto de Maria Angu.

Em 1946, a Viação São Jorge contava com 19 ônibus a óleo diesel, sendo 11 com capacidade entre 25 e 29 passageiros, 6 entre 30 e 34 passageiros, e 2 entre 35 e 39 passageiros.

Passageiros Transportados no período 1942 - 1948

Linha 34 (Meyer-Mauá)
1942 - 1.627.669     
1943 - 1.076.188    

Linha S-4 (Meyer-Olaria)
1942 - 1.625.650 
1943 - 1.679.628
1944 - 1.559.766
1945 - 1.229.237
1946 - 1.945.601

Fonte: Anuário Estatístico do Distrito Federal


Em abril de 1952, é inaugurada a linha 32 (Mauá – Maria da Graça), com o mesmo itinerário da linha 34 (Mauá-Meyer) no trecho entre o Centro e o Meyer,  seguindo por São Cristóvão. A partir do Meyer a linha seguia até o ponto final pelas ruas Carolina Meyer, Torres Sobrinho, Capitão Rezende, Ferreira de Andrade, Miguel Cervantes e Miguel Angelo.

Em fevereiro de 1952, explorava  a linha de lotação Del Castilho - Mauá, com 7 carros de 16 passageiros.

Em março de 1954 a Empresa, com frota de 23 veículos,  explorava as linhas 32 (Mauá – Maria da Graça) e 34 (Mauá – Meyer). A linha 32, no entanto, é  extinta em junho de 1954, passando o itinerário a ser atendido pela linha 34. 

Em abril de 1955, seguindo o mesmo itinerário da Linha 34 (Mauá-Meyer), é reativada a linha 32, agora com vista Mauá – Cachambi. Ainda em 1955, o ponto final da linha 32 é transferido da Praça Mauá para o Castelo. Com a mudança a linha 32 ganha nova numeração e a vista 235 (Castelo – Cachambi). O ponto final no Cachambi era na rua Miguel de Cervantes esquina com a rua Miguel Ângelo.


Linha 235 no ponto final da Avenida Nilo Peçanha, Castelo, em abril de 1955
Foto Arquivo Nacional. Fundo Correio da Manhã


Em junho de 1956, explorava as linhas 34 (Mauá – Meyer) e 235 (Castelo – Cachambi).


Diário de Notícias, 11/04/1956


Em abril de 1958, explorava a linha de lotação 17 (Francisco Sá - Praça XV).

Em junho de 1958, com 20 ônibus, explorava sua única linha, a 235 (Cachambi-Castelo), que transportava cerca de 10 mil passageiros/dia. Em 1963, a linha é renumerada, ganhando a vista 274 (Castelo - Cachambi).

Em setembro de 1962, explorava a linha de lotação Meyer - Cascadura, via rua Adolfo Bergamini.

 

Entre 1966 e 1967, inaugura a Linha 273 (Castelo-Meyer) via Benfica, desativando a Linha 275 (Praça XV-Maria da Graça) via Benfica.

Linha 275 (Praça XV - Maria da Graça) no ponto final da Avenida Alfred Agache. 
 Foto Augusto Antonio dos Santos


No segundo semestre de 1968 é extinta a Linha 273 (Castelo-Todos os Santos), restando apenas 15 carros em operação na Linha 274 (Castelo-Maria da Graça).

Em dezembro de 1968, quando operava sua única linha, a  274 (Castelo-Maria da Graça) a Empresa encerra suas atividades em definitivo, ao perder sua licença pela falta de pagamento de taxa ao Bureau de Transporte Coletivo (BTC). Na época a sede da empresa era na rua Miguel Cervantes, 240, no bairro do Cachambi. Com o fim da Empresa, a Viação Paraense assume a operação da Linha 274.



Prefixos da Frota

88 00, década de 1950
48 500, década de 1960

Sedes/Garagens

Rua Lino Teixeira, 95, Jacaré
Rua Viúva Cláudio, 408,  Jacaré, em 1942
Avenida Amaro Cavalcanti, 511, Todos os Santos
Rua Doutor Niemeyer, Engenho de Dentro
Rua Miguel Cervantes, 240, Cachambi
Frota

1939         14
1940         22
1941         22
1946         19
1954         23
1958         20
1968         15

Passageiros

1938        1.220.460


REFERÊNCIAS:

Termo de Obrigação. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 08 dezembro 1931. p.23.

Servindo a vasta população dos subúrbios da Leopoldina. A Batalha. Rio de Janeiro. 05 junho 1932. p.5.

Mais linhas de omnibus. O Paiz. Rio de Janeiro. 08 fevereiro 1934. p.5.

Para regularidade do tráfego. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 13 janeiro 1935. p.25.

Termo Aditivo. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 07 fevereiro 1934. p.22.

Termo de Transferência de Autorização. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 21 agosto 1937. p.21.

Choque de vehiculos. A Batalha. 12 dezembro 1937. p.3.

Relação das empresas de ônibus do Districto Federal com as respectivas frotas. Comissão Especial de Transporte Coletivo. Rio de Janeiro. 12 agosto 1940.

O auto socorro chocou-se contra o ônibus. A Manhã. 28 novembro 1941. p.8.

Garage Central da Empresa de Ônibus São Jorge. O Radical. 02 abril 1942. p.5.

Ameaçado o Rio ficar sem ônibus. O Globo. 27 março 1946. p.11.

Dois ônibus apostavam corrida, quando um terceiro se atravessou na frente. O Jornal. Rio de Janeiro. 31 março 1950. p.16.

Melhor condução para os bairros. O Jornal. 19 abril 1952. p.8.

Mais de 2.200 camionetas aumentam. A Manhã. Rio de Janeiro. 25 novembro 1952. p.8.

800 ônibus parados. O Globo. Rio de Janeiro. 16 março 1954. Geral, p.6.

Colhidos os dois: um morto. A Noite. Rio de Janeiro. 16 setembro 1955.

Ki barulho. Última Hora. Rio de Janeiro. 30 janeiro 1956. Segundo Caderno, p.6.

A morte viaja do Grajaú a Ipanema. Tribuna da Imprensa. Rio de Janeiro. 15 junho 1956. p.2.

Burro sôlto ! Última Hora. Rio de Janeiro. 03 abril 1958. p.9.

Solução hoje para a greve dos motoristas. O Jornal. 04 junho 1958. p.12.

Situação da Greve em cada uma das emprêsas de ônibus. Jornal do Brasil. 06 junho 1958. p.7.

Apreendidos 74 ônibus e lotações. Última Hora. Rio de Janeiro. 23 março 1962. p.2.

Nove feridos. Luta Democrática. Rio de Janeiro. 11 setembro 1962. p.6.

As passagens de ônibus e bondes aumentam no domingo. O Globo. 27 julho 1966. p.10

Ônibus aumenta 33% e gás sobe 18%. Correio da Manhã. Rio de Janeiro. 13 abril 1967.

Motoristas ficam desempregados. Luta Democrática. Rio de Janeiro. dezembro 1967. p.5.

Página lançada em 26 de agosto de 2018.

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