Linha 454 (Grajaú - Leblon)


Histórico

Em julho de 1971, a CTC inaugura a linha 454 (Grajaú – Leblon) via túnel Santa Bárbara, a segunda linha de ônibus da cidade a passar pelo túnel Santa Bárbara.


Praça Edmundo Rego, no Grajaú, em 1974


Em setembro de 1975, apenas duas linhas de ônibus, a 416 (Usina-Forte) e a 454 (Grajaú-Leblon), ambas da CTC, trafegavam pelo túnel Santa Bárbara. 

O Departamento Municipal de Transportes junto com a Secretaria Estadual de Transportes, que administrava os túneis Rebouças e Santa Bárbara, estudava ampliar o número de linhas de ônibus no túnel Santa Bárbara e inaugurar as primeiras linhas no Rebouças.

No dia 17 de janeiro de 1976, com o objetivo de desafogar o trânsito no centro da cidade, são inauguradas as linhas 432, 435 e 475, via túnel Santa Bárbara, desmembradas das linhas 433, 434 e 474. Na época já circulavam pelo túnel Santa Bárbara as linhas 416 (Usina-Forte de Copacabana), 454 (Grajaú-Leblon), 456 (Meyer-Copacabana), e 485 (Olaria-Copacabana).

Monobloco Mercedes Benz O-321 na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, por volta de 1974


No dia 26 de abril de 1976, o túnel Rebouças é aberto ao tráfego de ônibus, inicialmente com as linhas 443 (Lins - Urca) da Viação Méier e 473 (Triagem - Leme) da Braso Lisboa. No dia 10 de maio de 1976,  mais duas linhas de ônibus passam a trafegar pelo túnel: 453 (Leblon – Grajaú) e 417 (Leme-Usina), ambas da CTC com os novos ônibus modelo Metropolitana “azulões”. 

Em janeiro de 1980, a CTC extingue a linha 453 (Grajaú-Leblon) via túnel Rebouças, que na época operava com apenas 4 veículos transportando uma média de 1,3 mil passageiros/dia, considerada deficitária. Enquanto isso, a linha 454,  que cobria a mesma ligação via túnel Santa Bárbara, transportava uma média de 10 mil passageiros/dia, com frota de 20 carros.

Em 1980, segundo o Guia Rex de 1981, a Linha 454 tinha o seguinte itinerário de ida: Praça Edmundo Rego, Júlio Furtado, Borda do Mato, Uberaba, Gastão Penalva, Paula Brito, Maxwell, Pereira Nunes, Barão de Mesquita, São Francisco Xavier, Heitor Beltrão, Silva Ramos, Gonçalves Crespo, Felisberto de Menezes, Mariz e Barros, Praça da Bandeira, Viaduto dos Fuzileiros, Presidente Vargas, Carmo Neto, Heitor Carrilho, Frei Caneca, Carolina Reidner, Chichorro, Largo do Catumbi, viaduto Doutor Agra, túnel Santa Bárbara, viaduto  Engenheiro Noronha, Pinheiro Machado, Fernando Ferrari, Praia de Botafogo, viaduto Pedro Álvares Cabral, Clotilde Guimarães, Passagem, General Góes Monteiro, Lauro Sodré, túnel Engenheiro Marquês Porto, Barata Ribeiro, túnel Sá Freire Alvim, Raul Pompéia, Rainha Elisabeth, Prudente de Morais, General San Martin, Bartolomeu Mitre, Tubira, com ponto final na rua Adalberto Ferreira.


Praça Edmundo Rego em 1983


No dia 4 de abril de 1984, a CTC inicia a operação dos primeiros monoblocos Mercedes Benz O-364, sendo 12 carros na linha 230 (Rodoviária – Boca do Mato) e 10 na linha 454 (Leblon-Grajaú).  No total foram encomendados 53 carros.

Esta foi a segunda compra de novos ônibus do primeiro Governo Brizola (1983-1987). Em 1983 foram adquiridos 125 novos ônibus Padron II Volvo/Ciferal.

Em agosto de 1987, a operação da Linha 454 é suspensa, em função de deficiências da manutenção da frota da CTC. 

No dia 21 de setembro de 1989, em função de pedidos de moradores do Grajaú, a CTC reativa a linha 454 (Grajaú-Leblon), inicialmente com 8 carros. 

Em julho de 1990,  a linha 454 (Grajaú-Leblon) operava com apenas 2 carros, com intervalos  de uma hora e 40 minutos. 

A reativação da linha teve duração efêmera, sendo a operação suspensa por volta de setembro de  1990, em função da falta de veículos.

Com a extinção da Linha, os moradores do bairro do Andaraí perderam a única ligação direta para a Zona Sul, sendo obrigados a pegar duas conduções e pagar duas passagens.


REFEREÊNCIAS:

Desativação da 454 gera protestos. O Globo. Rio de Janeiro. 25 agosto 1987. Jornal de Bairro. p.15.

Ônibus da 454 demoram aparecer. O Globo. Rio de Janeiro. 6 fevereiro 1990. Jornal de Bairro. p.25.

Andaraí pede volta da linha 454 à circulação. O Globo. Rio de Janeiro. 27 novembro 1990. Jornal de Bairro. p.26.







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