21/12/2016 - O Globo
Passageiros reclamam da dificuldade para embarcar na 818A, alimentadora do BRT, ao longo da Avenida Alfredo Balthazar da Silveira
POR LUCAS ALTINO
Ônibus da linha 818A passa pela Alfredo Balthazar da Silveira, uma das principais do Recreio - Fabio Rossi / Fabio Rossi
RIO - Nos últimos tempos, a prefeitura vem promovendo diversas mudanças no transporte público da cidade. E o Recreio e Jacarepaguá são dois dos bairros mais afetados pelo novo projeto de mobilidade. Ajustes têm sido feitos no sistema, mas, desde o início, moradores da região se queixam da falta de divulgação acerca das mudanças e de problemas no serviço. Recentemente, dois casos suscitaram reclamações: a falta de pontos de ônibus no caminho da linha 818A, alimentadora do BRT que passa pelo Recreio, e o fim da linha experimental LECD24 (Pau Ferro-Engenho de Dentro).
A 818A representou uma nova opção para os moradores do Recreio. O problema é que não foram instalados pontos de ônibus ou placas de parada em algumas ruas que estão no trajeto do ônibus. É o que acontece na Avenida Alfredo Balthazar da Silveira, uma das principais do bairro. A passageira Anne Paixão diz que já protocolou reclamações no portal 1746 da prefeitura, em busca de uma solução para o problema.
— Como a Alfredo Balthazar da Silveira não era rota de ônibus, não tem pontos de parada. Isso dificulta a vida de passageiros e motoristas. Fica todo mundo perdido — reclama.
Em Jacarepaguá, moradores celebraram, em setembro, a criação das linhas experimentais LECD 21, 22, 23 e 24, que atendiam a lacunas criadas a partir do fim de linhas antigas, além de trazerem novas opções de trajeto. Na época, a prefeitura afirmou que a continuidade das linhas dependeria da demanda. Com o tempo, porém, alguns usuários começaram a denunciar problemas no serviço, como tempo de intervalo muito grande entre os ônibus e falhas no uso do Bilhete Único.
Há algumas semanas, usuários foram supreendidos com o fim da LECD24. Moradora da Freguesia e militante pela melhoria da mobilidade urbana, Simone Villas-Boas lamentou a situação.
— As pessoas estavam gostando; a LECD24 era uma boa alternativa para ir ao Centro de forma mais rápida. Mas só estavam colocando dois ônibus por dia; assim é realmente difícil que haja demanda — afirma.
Procurada, a Secretaria municipal de Transportes informa que solicitou à CET-Rio a instalação dos pontos ao longo do itinerário da 818A. Em relação à LECD24, a pasta disse que a linha foi suspensa porque a taxa de ocupação estava abaixo de 40% por viagem e que a rota é atendida pela Transcarioca.
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