Número de linhas de ônibus que serão extintas no Rio é revisto

22/09/2015 - O Globo

O número de linhas de ônibus que serão extintas pela prefeitura passa por uma revisão. O projeto de racionalização previa inicialmente o corte de vinte itinerários, a partir de 3 de outubro. Mas esse total deve cair pela metade. Segundo o município, as mudanças vão começar pela região da Barra da Tijuca e do Recreio, onde passageiros não poderão mais embarcar em ônibus direto para o Centro da cidade. No lugar das linhas extintas, serão criadas outras três integradas, que levarão os passageiros até o Shopping RioSul, em Botafogo. Quem desejar ir para o Centro deverá embarcar em uma das duas linhas troncais, vindas da Zona Sul.

— O sistema de transportes do Rio foi desenvolvido ao longo de décadas sem nenhum estudo e embasamento técnico. Estamos buscando otimizar esse serviço, adequar a frota ao que, de fato, é necessário, para que a gente possa ter intervalos mais regulares e corredores mais bem utilizados, e para que a população possa usar o transporte público de maneira convidativa— afirma o secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani. — No passado, a gente estava impossibilitado de interferir e obrigar as empresas a unificar linhas. Hoje, não existe mais uma lógica de concorrência que justifique a sobreposição de 64% das linhas. As empresas não concorrem mais: elas estão consorciadas e operam no sentido de um caixa único. Então, onde tem linhas idênticas, vamos buscar unificar para que o fluxo nesses corredores seja melhor.

A partir de novembro, o foco da prefeitura será os ônibus que terão seus trajetos encurtados. Linhas como a 474, que liga o bairro do Jacarezinho ao Jardim de Alah, e a 442, que vai da Maré a Copacabana ( via Praça Mauá), terão seus destinos alterados. Ambas farão ponto final na Candelária. A previsão inicial é de que 21 linhas sejam encurtadas. Mas, até abril do ano que vem, o planejamento pode mudar.

— A prefeitura acerta em tentar racionalizar os ônibus. Há linhas demais fazendo o mesmo trajeto, e isso não traz eficiência ao sistema de ônibus da cidade. O problema é que a comunicação com o usuário não está sendo feita da maneira correta. Ainda há muitas dúvidas para um plano que deve entrar em vigor em menos de duas semanas — diz Alexandre Rojas, professor de Engenharia de Transportes da Uerj.

Comentários

Anônimo disse…
Td pra ferrar com a vida dos trabalhadores.Eu moro em São Cristóvão, trabalho no Leblon e vou ter que pegar duas conduções. Quase já não existia ônibus da linha 476 que ia lotado,agora vou ter que sair ainda mais cedo de casa.Porque eles não deixam claro que isso tudo tá acontecendo pra dificultar a pivetada de ir pra zona sul