Governador não descarta a Linha 3, mas afirma que ônibus expresso é opção mais rápida e barata para ligar Niterói a São Gonçalo e quer que a população se manifeste

04/03/2015 - O Fluminense

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse ontem, durante evento no Centro do Rio, que trabalha para atrair o interesse de empresas no estabelecimento de parcerias público-privadas (PPPs) para a implantação da Linha 3 do metrô, que ligará os municípios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. O governador também anunciou que quer as parcerias para as áreas de saneamento e tratamento de esgoto de São Gonçalo e da Baixada, além de melhorias no setor de telecomunicações.

"Tem uma série de PPPs que a gente quer lançar. Quero ver se, neste primeiro semestre, ainda lanço pelo menos os editais para manifestação de interesse", afirmou Pezão, durante evento na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Sobre o metrô, Pezão informou que pretende fazer audiências públicas para que a população de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí possa se manifestar. O governador já se reuniu com prefeitos e quer ouvir os presidentes das Câmaras de Vereadores dos municípios.

Pezão disse que o projeto da Linha 3 está mantido e atribuiu a demora da construção ao momento delicado na economia do País. O governador também falou a respeito da construção do BRT como opção ao metrô. 

"Grande parte da Linha 3 é financiada pelo Governo Federal. Nós vivemos um momento de crise econômica grande, no Estado e no País. Estou colocando o BRT como uma opção para ser discutida com a sociedade. Se a população não quiser o BRT, vamos esperar recursos federais para fazer o metrô", explicou Pezão.

A nova opção dada por Pezão diminuiria o tempo e os custos com a construção do metrô. 

"Estamos falando de um quinto do investimento do metrô. Além disso, a obra seria feita em bem menos tempo. Se o BRT serve para a Barra da Tijuca, Recreio e para tantos outros bairros do Rio, por que não serve para Niterói, São Gonçalo e Itaboraí? Vamos aguardar a votação do orçamento do governo federal", complementou. O governador ressaltou ainda que o Governo do Estado teve cerca de R$ 2,6 bilhões de perda na arrecadação no ano passado. Segundo ele, as projeções indicam nova perda de R$ 2,4 bilhões também para este ano. "Teremos R$ 5 bilhões de perda, no mínimo. Estamos fazendo grandes esforços, mas não se repõe um montante de um dia pro outro", concluiu.

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