Longa espera por melhorias

15/08/2014 - O Dia - RJ

Terminal que concentra linhas de ônibus para a Baixada Fluminense, o Américo Fontenelle, ao lado da Central do Brasil, deveria ser uma rodoviária climatizada, com painéis de LED para informar chegadas e partidas e ainda dispor de um shopping e estacionamento. As melhorias foram anunciadas quando a Companhia de Desenvolvimento Rodoviário e Terminais do Estado do Rio de Janeiro (Coderte) concedeu o terminal, por 25 anos, em licitação, para a Rio Terminais, em maio de 2012. Na época, a nova concessionária prometeu que iria demolir a estrutura antiga e construir novo prédio, uma obra que começaria "em breve" e duraria 24 meses.

Mais de dois anos depois, no entanto, a reforma nem começou. A concessionária alega que depende ainda de desapropriações de terrenos no entorno, que seriam de responsabilidade da Coderte, para construir o novo terminal, o centro comercial e o estacionamento.

Além disso, a Rio Terminais acrescenta que espera definições sobre futuras estações do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e do BRT Transbrasil para fazer a reforma do local. A prefeitura, no entanto, contesta a informação e ressalta que o traçado do VLT já está pronto e que o projeto do Transbrasil não interfere nas obras.

Os passageiros, que aguardam por ônibus em longas filas, em pé, dizem não ter visto melhorias no conforto desde a privatização. "Não há um lugar para sentarmos enquanto o ônibus não vem. Faz falta", diz a telefonista Ana Gracinda de Castro, de 50 anos, que aguarda o 196 C para Guapimirim.

A Rio Terminais afirma que o local já recebeu reforma das plataformas, nova pintura, cobertura ampliada e equipes de segurança e limpeza.

Entre as exigências da Coderte na concessão, sem prazo para implantação, estavam ainda bilheterias e banheiros, que nunca foram instaladas.

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