07/08/2014 - O Dia - RJ
Rio - Prometido para as Olimpíadas, o projeto do BRT Transbrasil está, cada vez, com o cronograma mais apertado para se tornar realidade a tempo dos Jogos de 2016. A data para licitação do projeto foi adiada pela terceira vez desde janeiro, para 4 de setembro, e a estimativa de tempo para a conclusão das obras é de dois anos. O corredor expresso de ônibus ligará Deodoro ao Centro do Rio, acompanhando o traçado da Avenida Brasil, e terá capacidade para levar 820 mil passageiros por dia, formando uma rede de transporte de alta capacidade com os outros três BRTs, interligada também com trens e metrô.
A prefeitura mantém a previsão de início das operações do trecho Deodoro-Caju (primeiro a ser licitado) para 2016, mas não garante que será antes da competição. O próprio prefeito Eduardo Paes já afirmou que o empreendimento não faz parte do caderno de encargos da Rio 2016 documento que lista obrigações assumidas pelo poder público com o Comitê Olímpico Internacional (COI) e que não compromete o acesso às instalações de Deodoro, que pode ser feito pelos trens da SuperVia ou pelo BRT Transolímpico.
A Secretaria Municipal de Obras informou que fez alterações nos quesitos técnicos do edital para ampliar a competitividade, e, por isso, teve de prorrogar o prazo do certame por mais 30 dias. Segundo o órgão, as obras devem começar já em outubro.
O especialista em sistemas de transportes da UFF Aurélio Lamare Murta alerta que a mobilidade nas Olimpíadas será um desafio muito maior do que na Copa, que só tina o Maracanã, como local de competição. Ele também não acredita mais que o Transbrasil seja entregue a tempo. As intervenções necessárias são tantas e tão radicais que podem impedir que elas estejam concluídas em tempo hábil, e pior, que complique o trânsito durante as Olimpíadas, avalia o especialista.
Alexandre Rojas, especialista em mobilidade da Uerj, acrescenta que o BRT Transbrasil atenderia não apenas às comitivas e ao público para as instalações olímpicas, mas toda a população que mora no eixo Deodoro-Caju. É urgente um transporte de maior capacidade que faça o percurso da Avenida Brasil sem a interferência de ônibus e carros, opina. O segundo trecho do Transbrasil, do Caju à Candelária, no Centro, ainda não tem data prevista para a licitação das obras.
No Complexo Olímpico da Barra da Tijuca, as obras estão dentro do cronograma, segundo a prefeitura
Pan 'salva' cronograma da Rio 2016
O percentual de 55% das instalações que serão usadas nos Jogos Olímpicos que já estão prontas ou precisam de pequenos ajustes, anunciado na segunda pela prefeitura, está garantido apenas pelas construções do Pan de 2007, pelo Sambódromo e Maracanã. Com exceção dessas estruturas e da Vila dos Atletas, o que se pode observar são obras em estágio inicial ou que nem começaram a ser feitas.
Durante todo o dia de ontem, o Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016 fez um tour por algumas das instalações com jornalistas de todo o mundo para mostrar o estágio de evolução da infraestrutura para as Olimpíadas. Foram visitados alguns locais em Deodoro, Barra da Tijuca e o Engenhão. Na visita a Deodoro, foram mostrados o estande de tiro e a arena de hipismo. Ambos foram utilizados nos jogos de 2007 e apenas precisam passar por reparos. A área norte, onde serão ainda construídas as instalações para esportes radicais não foi visitada.
Segundo o próprio prefeito Eduardo Paes comentou, Deodoro era a área que mais estava dando dor de cabeça, pois as licitações estavam atrasadas. A situação foi regularizada em julho, e as obras já podem começar. Segundo Paes, tudo estará pronto no prazo. Na Barra da Tijuca, os jornalistas passaram de ônibus pelas obras do Complexo Olímpico. Lá, já estão sendo construídos os Halls de 1 a 3, que permanecerão como legado, e o 4, que será desmontado e transformado em escolas públicas (três na Barra e uma em São Cristóvão), além dos Centros de Mídia e o Parque Aquático.
Mais uma vez, os jornalistas tiveram acesso a apenas uma instalação que já estava construída, o Parque Aquático Maria Lenk, que será utilizado na competição de saltos ornamentais. No local será preciso apenas incluir 8 mil assentos temporários. Adiantados na construção estão os apartamentos da Vila dos Atletas, onde os competidores ficarão instalados. No campo de golfe, as obras estão apenas começando.
Obras não vão atrapalhar futebol
As obras de reparo no telhado do Engenhão terminam até dezembro deste ano e, a partir do ano que vem, o estádio voltará a receber intervenções por conta das Olimpíadas. Porém, serão só obras de adaptação e o local não precisará ficar fechado ao público.
De acordo com a administração do Estádio João Havelange, os jogos de futebol seguirão o calendário de 2015 normalmente, sem que haja interferência das obras. No Engenhão serão disputadas as competições de atletismo das Olimpíadas. Por determinação do Comitê Olímpico Internacional (COI), precisam ser instaladas mais 15 mil lugares, todos provisórios, que serão divididos igualmente atrás de cada gol.
O sistema de luz, som e o telão precisão ser mudados. Também será preciso trocar a pista de atletismo, já que as medidas de referência do COI mudaram desde os Jogos Panamericanos. As obras de adaptação vão começar em março. Em maio de 2016, será realizado um evento-teste no estádio e apenas as principais modalidades serão testadas.
Rio - Prometido para as Olimpíadas, o projeto do BRT Transbrasil está, cada vez, com o cronograma mais apertado para se tornar realidade a tempo dos Jogos de 2016. A data para licitação do projeto foi adiada pela terceira vez desde janeiro, para 4 de setembro, e a estimativa de tempo para a conclusão das obras é de dois anos. O corredor expresso de ônibus ligará Deodoro ao Centro do Rio, acompanhando o traçado da Avenida Brasil, e terá capacidade para levar 820 mil passageiros por dia, formando uma rede de transporte de alta capacidade com os outros três BRTs, interligada também com trens e metrô.
A prefeitura mantém a previsão de início das operações do trecho Deodoro-Caju (primeiro a ser licitado) para 2016, mas não garante que será antes da competição. O próprio prefeito Eduardo Paes já afirmou que o empreendimento não faz parte do caderno de encargos da Rio 2016 documento que lista obrigações assumidas pelo poder público com o Comitê Olímpico Internacional (COI) e que não compromete o acesso às instalações de Deodoro, que pode ser feito pelos trens da SuperVia ou pelo BRT Transolímpico.
A Secretaria Municipal de Obras informou que fez alterações nos quesitos técnicos do edital para ampliar a competitividade, e, por isso, teve de prorrogar o prazo do certame por mais 30 dias. Segundo o órgão, as obras devem começar já em outubro.
O especialista em sistemas de transportes da UFF Aurélio Lamare Murta alerta que a mobilidade nas Olimpíadas será um desafio muito maior do que na Copa, que só tina o Maracanã, como local de competição. Ele também não acredita mais que o Transbrasil seja entregue a tempo. As intervenções necessárias são tantas e tão radicais que podem impedir que elas estejam concluídas em tempo hábil, e pior, que complique o trânsito durante as Olimpíadas, avalia o especialista.
Alexandre Rojas, especialista em mobilidade da Uerj, acrescenta que o BRT Transbrasil atenderia não apenas às comitivas e ao público para as instalações olímpicas, mas toda a população que mora no eixo Deodoro-Caju. É urgente um transporte de maior capacidade que faça o percurso da Avenida Brasil sem a interferência de ônibus e carros, opina. O segundo trecho do Transbrasil, do Caju à Candelária, no Centro, ainda não tem data prevista para a licitação das obras.
No Complexo Olímpico da Barra da Tijuca, as obras estão dentro do cronograma, segundo a prefeitura
Pan 'salva' cronograma da Rio 2016
O percentual de 55% das instalações que serão usadas nos Jogos Olímpicos que já estão prontas ou precisam de pequenos ajustes, anunciado na segunda pela prefeitura, está garantido apenas pelas construções do Pan de 2007, pelo Sambódromo e Maracanã. Com exceção dessas estruturas e da Vila dos Atletas, o que se pode observar são obras em estágio inicial ou que nem começaram a ser feitas.
Durante todo o dia de ontem, o Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016 fez um tour por algumas das instalações com jornalistas de todo o mundo para mostrar o estágio de evolução da infraestrutura para as Olimpíadas. Foram visitados alguns locais em Deodoro, Barra da Tijuca e o Engenhão. Na visita a Deodoro, foram mostrados o estande de tiro e a arena de hipismo. Ambos foram utilizados nos jogos de 2007 e apenas precisam passar por reparos. A área norte, onde serão ainda construídas as instalações para esportes radicais não foi visitada.
Segundo o próprio prefeito Eduardo Paes comentou, Deodoro era a área que mais estava dando dor de cabeça, pois as licitações estavam atrasadas. A situação foi regularizada em julho, e as obras já podem começar. Segundo Paes, tudo estará pronto no prazo. Na Barra da Tijuca, os jornalistas passaram de ônibus pelas obras do Complexo Olímpico. Lá, já estão sendo construídos os Halls de 1 a 3, que permanecerão como legado, e o 4, que será desmontado e transformado em escolas públicas (três na Barra e uma em São Cristóvão), além dos Centros de Mídia e o Parque Aquático.
Mais uma vez, os jornalistas tiveram acesso a apenas uma instalação que já estava construída, o Parque Aquático Maria Lenk, que será utilizado na competição de saltos ornamentais. No local será preciso apenas incluir 8 mil assentos temporários. Adiantados na construção estão os apartamentos da Vila dos Atletas, onde os competidores ficarão instalados. No campo de golfe, as obras estão apenas começando.
Obras não vão atrapalhar futebol
As obras de reparo no telhado do Engenhão terminam até dezembro deste ano e, a partir do ano que vem, o estádio voltará a receber intervenções por conta das Olimpíadas. Porém, serão só obras de adaptação e o local não precisará ficar fechado ao público.
De acordo com a administração do Estádio João Havelange, os jogos de futebol seguirão o calendário de 2015 normalmente, sem que haja interferência das obras. No Engenhão serão disputadas as competições de atletismo das Olimpíadas. Por determinação do Comitê Olímpico Internacional (COI), precisam ser instaladas mais 15 mil lugares, todos provisórios, que serão divididos igualmente atrás de cada gol.
O sistema de luz, som e o telão precisão ser mudados. Também será preciso trocar a pista de atletismo, já que as medidas de referência do COI mudaram desde os Jogos Panamericanos. As obras de adaptação vão começar em março. Em maio de 2016, será realizado um evento-teste no estádio e apenas as principais modalidades serão testadas.
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