Liminar é esperança de moradores contra BRT no Jardim Oceânico

02/04/2014 - O Globo

RIO - Muitos moradores do Jardim Oceânico estão ansiosos para que abril acabe. Isso porque em maio deve ser julgada, em segunda instância e por meio de decisão colegiada, a liminar ajuizada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) que pede a interrupção imediata das obras de expansão do BRT Transoeste do Terminal Alvorada até o Jardim Oceânico, além de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA). O tema foi discutido na última terça-feira (25), em reunião realizada pela Associação dos Moradores do Jardim Oceânico e Adjacências (Amar) na OAB-Barra.

Em fevereiro, o juiz da 3ª Vara da Fazenda suspendeu a liminar. O MPRJ recorreu e já teve uma derrota em segunda instância. Mas a medida poderá ser revertida pelo relator e pelos dois desembargadores que compõem a 7ª Vara Cível.

— Estamos preocupados com a legalidade do projeto. Pontuamos falhas na sinergia das obras e no impacto ambiental. Até agora, a Justiça só respondeu sobre a reposição de árvores. Questionamos muito mais — diz o promotor de Justiça José Alexandre Maximino.

Na reunião, o presidente da Amar, Luiz Igrejas, disse que um parecer do Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU) apresentado pelo promotor mostra o reconhecimento pelo Estado da importância da extensão do metrô ao Alvorada:

— O Jardim Oceânico tem de ter estação de passagem do metrô, não pode ser terminal. O bairro não comporta isso.

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