Vias de BRTs terão manutenção especial

25/07/2012 - Jornal do Commercio

Segundo o secretário Carlos Roberto Osório, foi criada uma coordenadoria especial para cuidar destas áreas. Consertos de buracos serão feitos em um dia

As faixas exclusivas em que transitam os ônibus do sistema Bus Rapid Transit (BRTs) terão manutenção diferenciada em relação às demais ruas da cidade, afirmou, ontem, durante evento do Grupo de Líderes Empresariais do Rio de Janeiro (Lide-Rio), no Copacabana Palace, o secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório. Segundo ele, foram estabelecidas metas de conservação desafiadoras para manter as vias expressas em bom estado, e que estas exigem um modelo específico de supervisão.
"Criamos na secretaria uma coordenadoria de vias especiais, cujo primeiro trabalho é a Transoeste. Esta via terá um 'prefeito', um engenheiro da nossa equipe, que será o responsável direto pela conservação", explicou Osório. Ao contrário das ruas normais, em que a meta é consertar um buraco em até sete dias, as vias do BRT - Transoestre (já inaugurada), Transcarioca, Transolímpica e Transbrasil - terão o problema resolvido em apenas um dia. No caso de iluminação defeituosa, o prazo estabelecido é de 12 horas.
Osório afirma que o problema destas vias especiais não é de obras malfeitas, mas sim de desgaste prematuro causado por acidentes. "O principal problema são os carros que batem na pilastra, no meio fio. Mesmo com elas em bom estado, é necessário manutenção constante." De acordo com o secretário, seria problemático deixar as pistas do BRT sob o sistema de manutenção comum do município.
Além de conservação reforçada para as vias do BRT, o secretário espera poder punir com mais rigor as concessionárias de serviços públicos que destroem o asfalto recém-colocado para fazer consertos em suas respectivas redes. "Elas fazem muitos remendos e nossas multas não coçam o bolso delas", disse. De acordo com Osório, são cerca de 3 mil intervenções por mês na cidade e a multa máxima permitida por lei é de R$ 3 mil. "Só alcançamos este número em casos excepcionais. Em geral, a multa é de R$ 200."
Segundo Osório, a secretaria de Conservação está trabalhando em conjunto com a secretaria de Fazenda e com a procuradoria do município para enviar à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) um projeto de lei estabelecendo punições mais severas. O secretário ressalva, porém, que não se trata de um problema da atual administração das concessionárias. "Isso é um problema que se criou nas últimas décadas, quando elas pararam de investir para gerar caixa."
Expansão
A presidente do Lide-Rio, Andréia Repsold, apresentou durante o evento duas divisões da instituição, o Lide Inovação e o Lide Interior. Segundo a executiva, elas ajudarão os empresários cariocas a aproveitar melhor oportunidades específicas nestas duas áreas. "O Rio de Janeiro precisa muito disso. Inovação é sempre necessária. Já no interior do estado estão surgindo nove polos de investimento e isso é não se pode perder."
Além do secretário e da presidente do Lide-Rio, compuseram a mesa principal do evento o diretor presidente da construtora Carvalho Hosken, Carlos Fernando de Carvalho; a secretária municipal de Educação, Cláudia Costin; o presidente do Grupo Facility, César Franco; o gerente de planejamento e comunicação da Souza Cruz, Fernando Bomfiglio, que representou o presidente da empresa, Andréa Martini; o vice-presidente da One Health, Mario Sérgio Ribeiro; e a diretora do Projeto Olímpico da Embratel, Roselis Giampietro.

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