26/11/2010 - Portal CNT
Foto: Reprodução TV Brasil
A onda de violência no Rio de Janeiro, que teve início no último domingo (21), tem causado inúmeros prejuízos para o setor de transporte do estado. Segundo boletim divulgado pela Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), 31 ônibus foram incendiados por criminosos até às 16h desta sexta-feira (26).
De acordo com o diretor de Comunicação e Marketing da Federação, João Augusto Monteiro, cada veículo custa, em média, R$ 300 mil. O que totalizaria um prejuízo de quase R$ 10 milhões. “Confiamos nas ações do governo e acreditamos que a situação se normalizará em breve. Os ônibus vão continuar circulando normalmente”, disse Monteiro em entrevista à CNT.
De acordo com ele, essa é a recomendação da Fetranspor. “A rota só é modificada em pontos específicos e se houver necessidade disso”, garantiu, reconhecendo que muitos motoristas e cobradores estão receosos de passar por certas localidades com medo da violência.
Ele explicou ainda que a instituição tem conversado constantemente com a Secretaria de Segurança Pública e com a Polícia Militar do estado, com o intuito de garantir a segurança de passageiros, motoristas e cobradores.
Atualmente, o Estado do Rio de Janeiro conta com uma frota de 20 mil ônibus, sendo oito mil apenas no município carioca. A Fetranspor representa 10 sindicatos de empresas de ônibus responsáveis por transporte urbano, interurbano e fretamento. Tais sindicatos reúnem 192 empresas de transporte coletivo e 19 de fretamento e turismo que, juntas, respondem por mais de 80% do transporte público regular no estado.
Motivos
A violência registrada no Rio de Janeiro nesta semana é motivada, de acordo com o governo carioca, pela reação às medidas de implantação das UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) em diversas áreas antes dominadas por criminosos. Desde 2008, 13 unidades foram instaladas.
Com isso, os criminosos têm realizado arrastões, ataques a forças de segurança e incendiado inúmeros veículos, prejudicando a rotina dos cariocas.
Aerton Guimarães
Redação CNT
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