Durante reunião a portas fechadas no Palácio Guanabara, com os consultores Philphe Boby (Transportes) e Grant Thomas (Infraestrutura) do Comitê Olímpico Internacional (COI), a prefeitura bateu o martelo: vai duplicar a Avenida Niemeyer até os Jogos Olímpicos de 2016. A data para o início das obras está indefinida. Segundo o secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, as duas novas pistas que serão construídas sobre o costão do Vidigal não receberão carros de passeio e serão exclusivas para ônibus:
- As faixas exclusivas vão dar maior fluidez ao transporte coletivo na Zona Sul, desafogando inclusive o Leblon. Faz parte do nosso projeto de reorganizar o transporte por ônibus com a realização das licitações.
O prefeito Eduardo Paes já havia anunciado a intenção de duplicar a Niemeyer. O objetivo é atender a uma exigência do COI de promover melhorias no trânsito da Zona Sul até a Barra. Mas a estratégia de deixar as novas faixas exclusivas para os coletivos foi mantida em segredo para ser apresentada às equipes técnicas do COI, em reuniões que começaram na última segunda-feira. Até então, pensava-se que as pistas duplicadas receberiam carros de passeio. Ao chegar a São Conrado, os coletivos prosseguiriam até a Barra por uma outra faixa exclusiva que está sendo estudada pela Cet-Rio para a Autoestrada Lagoa-Barra.
Especialistas, porém, têm dúvidas sobre o projeto. Ex-secretário de Transportes, entre 97 e 2000, Márcio Queiroz diz que a ideia da duplicação é ultrapassada. Ele disse que, na sua gestão, propôs a obra, mas acabou convencido de que os impactos seriam maiores do que os de um túnel do final da Delfim Moreira, no Leblon, até a Rocinha:
- O túnel representa uma intervenção menor na paisagem. Ele é uma reta e seria mais curto, com cerca de 2.500 metros, o que reduziria o tempo no trânsito. A Niemeyer é uma via sinuosa e a obra implicaria modificações mais impactantes.
Já o engenheiro Paulo Cezar Ribeiro, da Coppe/UFRJ, considera, em tese, a solução boa, se não se limitar a São Conrado. Ele desenvolveu com outros especialistas da Coppe um projeto que parte da mesma premissa, mas considerou variáveis e aspectos não contemplados pela prefeitura. Ribeiro diz que tentou, sem sucesso, apresentá-lo ao secretário municipal de Obras, Luiz Antônio Guaraná.
- O nosso projeto não se limita a São Conrado. O nosso traçado vai até a Barra, com outras intervenções que o tornam eficaz. Apesar das tentativas de apresentá-lo, sempre nos deparamos com problemas de agenda. O isolamento da Barra tem que ser resolvido. Os corredores vão criar uma acessibilidade para a Zona Oeste, mas ainda falta para a Zona Sul.
- As faixas exclusivas vão dar maior fluidez ao transporte coletivo na Zona Sul, desafogando inclusive o Leblon. Faz parte do nosso projeto de reorganizar o transporte por ônibus com a realização das licitações.
O prefeito Eduardo Paes já havia anunciado a intenção de duplicar a Niemeyer. O objetivo é atender a uma exigência do COI de promover melhorias no trânsito da Zona Sul até a Barra. Mas a estratégia de deixar as novas faixas exclusivas para os coletivos foi mantida em segredo para ser apresentada às equipes técnicas do COI, em reuniões que começaram na última segunda-feira. Até então, pensava-se que as pistas duplicadas receberiam carros de passeio. Ao chegar a São Conrado, os coletivos prosseguiriam até a Barra por uma outra faixa exclusiva que está sendo estudada pela Cet-Rio para a Autoestrada Lagoa-Barra.
Especialistas, porém, têm dúvidas sobre o projeto. Ex-secretário de Transportes, entre 97 e 2000, Márcio Queiroz diz que a ideia da duplicação é ultrapassada. Ele disse que, na sua gestão, propôs a obra, mas acabou convencido de que os impactos seriam maiores do que os de um túnel do final da Delfim Moreira, no Leblon, até a Rocinha:
- O túnel representa uma intervenção menor na paisagem. Ele é uma reta e seria mais curto, com cerca de 2.500 metros, o que reduziria o tempo no trânsito. A Niemeyer é uma via sinuosa e a obra implicaria modificações mais impactantes.
Já o engenheiro Paulo Cezar Ribeiro, da Coppe/UFRJ, considera, em tese, a solução boa, se não se limitar a São Conrado. Ele desenvolveu com outros especialistas da Coppe um projeto que parte da mesma premissa, mas considerou variáveis e aspectos não contemplados pela prefeitura. Ribeiro diz que tentou, sem sucesso, apresentá-lo ao secretário municipal de Obras, Luiz Antônio Guaraná.
- O nosso projeto não se limita a São Conrado. O nosso traçado vai até a Barra, com outras intervenções que o tornam eficaz. Apesar das tentativas de apresentá-lo, sempre nos deparamos com problemas de agenda. O isolamento da Barra tem que ser resolvido. Os corredores vão criar uma acessibilidade para a Zona Oeste, mas ainda falta para a Zona Sul.
Comentários