PARALISAÇÃO
Publicada em 21/05/2010 às 20h41m
Marcelo Dias - Extra - 21/05/2010RIO - O Sindicato dos Rodoviários entrará em greve a partir da 0h da próxima segunda-feira. A informação foi dada pelo blog Casos de Cidade. A paralisação, que poderá prejudicar 3,4 milhões de pessoas, acontece dois meses após o sindicato firmar um acordo coletivo, com aumento de 5% na capital e de 7% no Grande Rio.
Em nota, o Rio Ônibus, que representa as empresas de viação, informou que solicitou o apoio da secretaria de segurança e que vai entrar na Justiça para que a greve seja decretada ilegal. A secretaria estadual de Transportes solicitou a todas as concessionárias de transporte para que reforcem a operação na segunda-feira. Trens, barcas e o metrô devem operar com capacidade total de transporte de passageiros.
Entre as principais reivindicações dos rodoviários, estão reajuste salarial de 15% e o fim da dupla função para motoristas que fazem as vezes de trocador. A assembleia desta sexta foi provocada por opositores que tentam criar outro sindicato. O mesmo grupo paralisou 11 empresas no dia 12 de abril, num movimento considerado ilegal pela Justiça do Trabalho e que deixou 120 mil passageiros a pé.
- Daquela vez, faltou muita gente à assembleia e começaram a parar empresa por empresa, através desse sindicato fajuto. Além disso, sempre ganhamos mais do que os colegas da Baixada e tem patrão que não paga hora extra e nem cumpre o acordo coletivo. A categoria se revoltou - diz o presidente do sindicato, Antônio Onil da Cunha, o Branco.
Também em nota, o presidente Lélis Teixeira considerou injustificada e ilegal a greve. Ele argumenta que acordo coletivo entre os sindicatos patronal e dos trabalhadores acabou de ser assinado.
No próximo dia 9, a prefeitura promete divulgar o edital de licitação das linhas de ônibus, mas o Tribunal de Justiça deve publicar na próxima segunda uma decisão da 12ª Câmara Cível condicionando-a à indenização das empresas que perderem suas permissões. A Procuradoria-Geral do Município só se pronunciará após ser notificada, mas o prefeito Eduardo Paes já disse ser contra.
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