12/09/2017 - Extra
Annelize Demani
No último domingo, quatro ônibus foram incendiados no Rio, próximo à Zona Portuária. Esses casos aumentaram ainda mais as estatísticas sobre esse tipo de vandalismo. De acordo com a Fetranspor, 48 coletivos foram alvo de incêndios criminosos na cidade somente em 2017. Esse número é três vezes maior que o registrado durante todo o ano de 2016, quando houve 16 depredações.
Quando o cenário é o estado do Rio, 82 ônibus foram alvo dos criminosos nos primeiros nove meses deste ano. Isso representa quase o dobro de casos em relação ao ano passado inteiro, quando foram contabilizados 43 coletivos incendiados.
Ainda segundo a federação responsável pelas empresas de ônibus no estado, somente um ônibus novo com ar-condicionado custa, em média, R$ 450 mil. Atualmente, os custos de reposição dos coletivos incendiados para as empresas passam dos R$ 56 milhões, uma vez que não há seguro para esse tipo de sinistro.
Com essas depredações, quem sofre é a população. Há todo um tempo gasto desde a encomenda de novos carros até o processo de regularização deles, e o prazo de recolocação de um ônibus pode chegar a seis meses. Durante esse período, de acordo com dados da Fetranspor, um coletivo transporta cerca de 70 mil passageiros na capital.
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