01/12/2014 - O Globo / G1 Rio
O primeiro teste após o bloqueio do tráfego de carros e táxis na Avenida Rio Branco, iniciado no último sábado, será feito realmente hoje, quando um volume regular de veículos circulará pelo Centro. Desde anteontem, apenas ônibus podem passar pela Rio Branco, que teve três faixas fechadas para as obras de implantação do Veículo Leve Sobre Trilhos ( VLT). Carros de passeio e táxis só poderão circular em horários predeterminados: das 21h às 5h, de segunda a sexta-feira, e a partir das 15h de sábado. Além disso, a avenida voltou a ter apenas um sentido em duas pistas, em direção ao Aterro do Flamengo.
Todas as mudanças recentes no trânsito, como a alteração na circulação de ônibus na Glória e na Lapa, eram uma preparação para esta grande intervenção na Rio Branco. O prefeito Eduardo Paes ressaltou a importância da obra para a melhoria da mobilidade no Rio:
— Se as pessoas ajudarem, usando o transporte público, talvez o caos não seja tão grande.
Esta é a terceira etapa de intervenções no trânsito no Centro da cidade. As outras fases causaram muita confusão e dor de cabeça para pedestres, motoristas de ônibus, carros e táxis. A Prefeitura do Rio distribuiu 50 mil folhetos, colocou orientações aos motoristas em painéis luminosos e faixas e mobilizou 44 agentes de trânsito para orientar os passantes.
Ainda assim, havia gente confusa ontem. O gerente de lojas Rafael Freitas ficou perdido. Ele esperou por cerca de 40 minutos o ônibus 2112 (Taquara) na Avenida Presidente Vargas, até finalmente ser informado, por um guarda de trânsito, que a linha agora só tem ponto na Rua da Assembleia:
— Recebi um folheto. Está tudo confuso, agora demoro mais de dez minutos para chegar no ponto.
FASES DA OBRA
As transformações no Centro visam a implantação do VLT, que conectará a Região Portuária ao Aeroporto Santos Dumont. A primeira intervenção feita na Avenida Rio Branco foi no dia 10 de outubro, da Praça Mauá até a Rua Visconde de Inhaúma. A segunda, no dia 15 de novembro, entre a Avenida Presidente Vargas e, novamente, a Visconde de Inhaúma. No dia 23 de novembro, o terminal da Misericórdia, na Praça Quinze, foi fechado para reurbanização da área.
O projeto do VLT prevê seis linhas com 42 paradas, quatro delas em estações na Rodoviária Novo Rio, na Central do Brasil, nas barcas e no aeroporto. Trinta e dois trens vão circular por 28 quilômetros de vias. Os carros terão 3,82 metros de altura, 44 metros de comprimento e 2,65 metros de largura. Cada trem terá sete vagões articulados.
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