Lotações em 1956

03/10/2010 - Saudades do Rio - Luiz D´

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Se ontem o "Saudades do Rio" mostrou o aspecto de um bonde por dentro, hoje vemos um lotação.

Os avisos são: "É proibido conversar com o motorista", "Preço Único $ 5,00" e "Lotação 19 Passag.".

O trajeto, escrito no vidro dianteiro, indicava: "Copacabana", "Túnel Novo", "Barata Ribeiro", "Ipanema", o que faz supor que a linha era, provavelmente, a "Estrada de Ferro - Leblon".

Em primeiro plano vemos aquele recipiente para depósito das fichas, já citado em "post" anterior.

O assento ao lado do motorista propiciava grandes emoções e mesmo os outros assentos eram de alto risco face à velocidade desenvolvida por esses veículos.

O transporte público sempre foi um problema no Rio.

Comentários (43):

Em 3/10/2010, às 05:56:43, Candeias disse:
Eram os famosos "Morte a 5 Cruzeiros". Os motoristas sentavam o pé no acelerador. Quanto ao recipiente para depósito de fichas, no começo dos 50, ainda era usado para depósito de dinheiro. As fichas vieram mais tarde, pelo menos na Linha de ônibus 106, Lins-Urca.
Os lotações não deixaram saudades.

Em 3/10/2010, às 06:51:10, Lavra disse:
Para quem ia para a Cidade, havia um código empregado pelo passageiro, a espera esperando o lotação, quando todos já passavam lotados. Consistia de um gesto com a palma da mão aberta subindo e descendo em direção ao chão. Significava que o cidadão aflito, topava ir agachado no corredor.

Em 3/10/2010, às 06:55:49, Lavra disse:
Digo: Esperando o lotação.

Em 3/10/2010, às 07:16:36, Laerte disse:
Esses assentos ao lado do motorista, citados pelo Luiz, mais tarde passaram a ser conhecidos como "Jesus me chama"! Acho que não precisa explicar muito o porquê!

Em 3/10/2010, às 07:20:26, Plinio disse:
Eu lembro que era uma bagunça pois boa parte dos motoristas era de autônomos e os lotações às vezes eram de modelos diferentes na mesma linha.
Eu acho que as atuais vans não ficam nada a dever aos lotações.

Em 3/10/2010, às 07:34:53, Docastelo disse:
Eram verdadeiros "dragões da maldade"do trânsito carioca. O centro da maioria das queixas no tráfego desse tempo. O folclore da cidade se enriquecia de estórias sobre esse veículo que inspirava cartunistas e cronistas. Em uma delas Aparício Toreli, o Barão de Itararé, apontando para um lotação prestes a avançar o semáforo, dizia para um amigo: "Vamos logo que ele já te viu!". Seus motoristas tinham fama (por vezes exagerada) de verdadeiros celerados. Recebiam o dinheiro e davam o troco, muitas vezes tirando as duas mãos do volante (uma delas repleta de notas) ou parando em local proibido, atravancando o fluxo de veículos. Quem tinha pressa podia ir para seu destino com rapidez e total insegurança, mas com a sensação de estar em uma montanha russa que fugiu do parque. Na foto parece que o motorista está dando um entrevista talvez após mais um dos muitos acidentes. E a placa de advertência nunca impediu a livre comunicação entre motorista e passageiros.
Uma piada ficou famosa nessa época. Um motorista de lotação, mau humorado e pleno de problemas, deixou a garagem da empresa com o intuito de apavorar os passageiros do dia. E assim o fez. Após lotar o coletivo subiu em calçadas, ultrapassou perigosamente, entrou em contra mão, o diabo a quatro. No ponto final, olhou pelo retrovisor interno e, satisfeito, verificou que não havia nínguém a bordo. Até que, surpreso, viu levantar a cabeça de um cidadão nordestino, lívido, apavorado. Foi até o sujeito e o cumprimentou pela coragem. Foi quando o pobre homem respondeu, apontando para uma medalhinha: "Ò xente, só 'tô aqui por causa do meu Santo São Jorge". Na medalha só tinha o cavalo.

Em 3/10/2010, às 08:39:10, NALU disse:
Uso uma variante da frase do Barão, ao atravessar certas ruas do Rio: Corre, que eles já nos viram!
Quanto ao lotação: poderia ser o Cosme Velho-Leblon (via Copacabana)?

Em 3/10/2010, às 08:56:10, Senna disse:
Essa é legal para mim, pois não me lembro das peripécias dos motoristas de lotação. O letreiro junto ao para brisa, escrito lotado, cuja caixa aparece ali, na frente do banco, eu lembro bem. Do interior dos lotações as lembranças estão muito longe. Tanto que não sei se tinha "briga" entre nós, os meninos, pelo direito de sentar no banco da frente, como acontecia muito nos ônibus, que atualmente já não têm esse lugar privilegiado.

Em 3/10/2010, às 09:12:39, Menezes disse:
Estou gostando muito desta serie de "interiores" que o Dr.D' está postando.
Quanto ao "causo" do meu mestre Docastelo não poderia ser melhor.
Só não digo que o cidadão nordestino era meu avô, Ezequiel, porque ele era ateu, e gostava de viajar de ônibus mas sempre superlotado pois o velho Pagé não era fácil.
Certa ocasião nos idos de 60 veio o convite: Meu neto, quero que você vá comigo ao centro da cidade pois tenho um encontro com amigos políticos lá no Bar Simpathia as 3 da tarde. "Esteje" pronto e arrumado pois pagarei para você um frapé de côco.
As 3 estava em posição de sentido só esperando as ordens.
Bem, entramos dentro de um ônibus superlotado da CTC com destino a Pça XV e lá pela altura do Campo de Santana só ouvi aquele "Ai... me beliscaram", dizia uma mulher.
De início fiquei gelado e disse: Ih...a coisa vai ficar feia, mas olhei para o lado e ví meu avô com ar sereno dando-me um alívio pois sabia das fissuras do velho Pagé com relação aos atributos "abundantes" femininos.
É mentira Terta?

Em 3/10/2010, às 09:22:33, Lino Coelho disse:
Os lotações eram o terror do trânsito da cidade, fechavam todo mundo em busca de passageiro, paravam em qualquer lugar, avançavam sinais, e vez por outra, causavam os maiores acidentes.
Como já dito pelo Plínio como as Vans de hoje em dia.

Em 3/10/2010, às 09:23:29, Alcyone disse:
Os lotações foram muito bem substituidos pelas atuais Vans. Ontem, depois de muitos anos, experimentei as "delícias" de um passeio de ônibus.
Inesquecivel!

Em 3/10/2010, às 09:24:45, Lino Coelho disse:
Fora de foco, a chuva neste domingo de eleição, me parece de tristeza em razão dos candidatos que dispomos.

Em 3/10/2010, às 10:16:48, Mauro.xara disse:
Havia naquela época dois tipos de motoristas.
os que eram o dono do carro,zelavam pelo mesmo e andavam tranquilos.
Já os que não eram proprietários trabalhavam por comissão,25%.
ou seja,de cada 4 passageiros só o dinheiro de 1 era dele.
para compensar essa diferença,o jeito era: trabalhar mais(dar mais 1 ou 2 viagens),¨virar redondo¨,(emendar uma viagem na outra sem parar nos pontos finais),não sair do volante nem para comer,e inevitavelmente correr mais!
Acho que isso mostra o outro lado que poucos conhecem!
Ainda hoje isso acontece nos taxis e vans.
Nos onibus tambem a pressão é grande.
Atualmente quase todo passageiro tem cartão, Rio-Card,mesmo assim algumas empresas exigem que o motorista conduza
passageiros que paguem a passagem em dinheiro!

Em 3/10/2010, às 10:33:16, Docastelo disse:
Aproveito a oportunidade para saudar a "presença" do comentarista mauro.xara neste fotolog por se tratar de grande conhecedor de transportes coletivos de um Rio que se foi. Mauro também foi o autor de recente comentário em outro fotolog em que revelou seus conhecimentos e grande sensibilidade sobre o tema, particularmente as ferrovias que atingem os subúrbios dessa cidade. Da minha parte dou-lhe minhas boas vindas e fico no aguardo de novas e oportunas intervenções.

Em 3/10/2010, às 10:33:50, Jaime Moraes disse:
Nestes Chevrolet, como o da foto, existia uma tabuinha com dobradiça, presa ao painel para calçar a alavanca de mudanças na terceira marcha ( não havia a quarta)

Em 3/10/2010, às 10:44:21, Renato Libeck disse:
Ò painel é de um autêntico ônibus Chevrolet " Boca de Sapo ", ano em torno de 1950, câmbio de 3 Marchas no assoalho. Freios com a famosa CUICA. Seria o hidrovácuo de hoje. Já vinha equipado com o diferencial Tinken, com a reduzida no diferencial. Motor de 6 cilindros em linha a gasolina. A carroceria como podem perceber já é bastante aluminizada. É característica de carroceria Metropolitana, pois esta empresa usou e abusou do emprego do alumínio em suas carrocerias. O câmbio quando estava gasto escapava as marchas, o que obrigava o motorista a dirigir com a mão esquerda e segurar a alavanca de marchas com a mão direita. A cuica furava a borracha grande, no que muitos isolavam a cuica e aí os freios ficavam comprometidos. A direção era queixo duro, mecânica, na força do braço. Os ônibus andavam chutados e colados uns nos outros. O mecanismo de fechar as portas sanfonadas estragavam e muitos andavam com a porta aberta. Me corrijam se eu estiver enganado. Estes Chevrolet só tinham a porta dianteira. Imaginem, 19 passageiros sentados e uns 15 de pé espremidos no corredor. Na hora de descer, os que estavam lá atrás, tinham que se espremer para sair. Eu sei que a partir de uma certa data, estes ônibus foram proibidos de circularem. Foi aí que entraram ônibus novos, cara chata, diesel, direção hidráulica, duas portas, mais seguros e que comportavam mais passageiros.

Em 3/10/2010, às 11:02:27, Mauro.xara disse:
Jaime,com sua permissão.
Pelas grades do painel,posição do isqueiro e o centro do volante,acho que é Ford F5,e pela posição da alavanca de marchas deve estar adaptado
com maquina MB 321(mercedes-Benz) como era comum na época.
E o cidadão que escreve, provavelmente um fiscal do falcido departamento de concessões aplicando uma multa.
Em tempo:tanto o chevrolet 6400 ou o 4200 tem 4 marchas.o uso da primeira para dar "saida" dependia de quem estava dirigindo. proprietário do carro não fazia isso

Em 3/10/2010, às 11:20:02, Renato Libeck disse:
Mauro.xara, com sua permissão, o velocímetro do Ford F5, tem o mostrador na cor alumínio. Ao redor do ponteiro tem um círculo na cor preto, diferente deste da foto. Diferente deste do ônibus.

Em 3/10/2010, às 11:30:25, RENATO disse:
Hoje o povo dará aval para a reorganização da quadrilha que irá mandar e desmandar no Brasil no próximos 4 anos. Pesquisa feita constatou que um grande números de brasileiros se pudessem estar no lugar dos políticos, fariam exatamente tudo o que eles fazem sem tirar nem por. Repetirei neste espaço o que disse num bar em Ipanema naquele domingo de outubro de 2002 no momento em que foi anunciada na TV a vitória no segundo turno do atual sujeito que ocupa a presidência: em 2010, eu já sabia da reeleição do sujeito, o candidato do pt irá dizer que o que não pode fazer em 8 ano de governo foi por culpa do governo de 1994-2002. Dito e feito, a candidata do tal sujeito falou exatamente isso num entrevista ao vivo, sem edição e sem cortes, no jornal nacional.
Em 2014 seja lá quem for o candidato do pt, e nós sabemos quem será, dirá enfaticamente que o que não foi feito no período será também por culpa do governo de 1994-2002.
O transporte público nas grandes cidades, salvo raras exceções é legado ao nível de transporte de gado e nesse quesito infelizmente o Rio é campeão do desleixo e descaso.Ônibus, treme metrô estão ao mesmo nível da época da foto do post de hoje. Apesar dos problemas, as barcas até que são satisfatórias. Buenos Aires aqui doado e num país que não consegue resolver seus problemas econômicos, possui transportes públicos muito mais eficientes que nós muito mais ricos que eles. Dessas lotações lembro-me vagamente lá pelos idos de 64, o mais longe que minha memória alcança.

Em 3/10/2010, às 11:31:53, RENATO disse:
QUEM VIVER VERÁ, A CONFERIR EM 2014

Em 3/10/2010, às 11:35:48, Belletti disse:
Grande foto.O motorista realmente parece ser entrevistado para um jornal da época.O foco da matéria poderia ser o elaborado em vários comentários: a "postura" dos próprios condutores.
Hoje em dia seriam chamados de "buzinhos"?

Em 3/10/2010, às 11:55:28, Renato Libeck disse:
Mauro.xara, com sua permissão, no centro do painel, tem um friso cromado, no qual, em baixo relevo, vem escrito a palavra Chevrolet. Logo acima do cinzeiro. Como podemos ver na foto deste ônibus. Quanto à troca de câmbio e motor não posso opinar. Você pode ter razão.

Em 3/10/2010, às 11:58:41, Luiz D´ | página pessoal disse:
Trata-se mesmo de uma entrevista feita pelo jornal Última Hora com os motoristas de lotações.
Renato, em tese só levavam passageiros sentados. Conforme lembrou o Lavra lá em cima, algumas vezes e em determinadas linhas, deixavam os estudantes irem agachados no corredor, escondidos dos fiscais, pois era proibido.

Em 3/10/2010, às 12:21:02, Renato Libeck disse:
Muito obrigado pelos esclarecimentos caríssimo amigo Luiz D'. Tínhamos alguns fazendo linhas intermunicipais por aqui. Como este modelo de carroceria não tinha bagageiro e as viagens eram de no máximo 50 Km, imagine o que levavam dentro do ônibus e o aperto que era. Com todo respeito, era o famoso " Cata Jeca ".

Em 3/10/2010, às 13:01:40, Docastelo disse:
Renato, em Leopoldina, MG, o povo das zonas rurais chamavam de "cata níquel", que soava "catanique".Essa é do fundo do baú mineiro!

Em 3/10/2010, às 13:04:05, Mauro.xara disse:
No momento está chovendo,mesmo assim vou exercer o meu "democrático dever"
de votar.(em quem?)Não tem importância.
Na briga Cururú - Jararaca, acho que a cobra ganha!

Em 3/10/2010, às 13:04:22, Helio Ribeiro disse:
Havia algumas linhas de lotação famosas: Estrada de Ferro x Leblon; Usina x Copacabana; Lins x Lagoa; Cosme Velho x Leblon. Havia também uma linha com ponto final no Mourisco, cujo nome esqueço agora. Acho que foi a precursora das linhas 521 e 522.
Também havia linhas de lotações grandes, quase do tamanho de ônibus, como a Triagem x Leme (acho que o número era 130).

Em 3/10/2010, às 13:04:52, Helio Ribeiro disse:
Os lotações que não eram de empresa tinham uma faixa logo abaixo da linha das janelas. A cor da faixa indicava a região da cidade onde eles circulavam. Havia as seguintes cores: branca, marrom e verde escuro. A cor branca era de subúrbios distantes (Penha, por exemplo); as outras duas eram da Zona Sul e Zona Norte próxima. Mas não lembro que cor era de que área.

Em 3/10/2010, às 13:14:51, Mauro.xara disse:
Os lotações faixa verde,eram Sul-Sul ou Sul-Centro, faixa marrom eram Centro-Norte e os de faixa branca da Praça da Bandeira para cima

Em 3/10/2010, às 13:17:35, Menezes disse:
Sapo Cururu x Jararaca...acho que o Xara é lá de cima....ou não é? Será contador de "causos" também?

Em 3/10/2010, às 14:32:52, Derani disse:
Engraçado... tem coisas completamente sem importância que por algum motivo que não se conhece, a gente nunca esquece.
Me lembro, criança com uns 3 anos no máximo entrando no lotação e sentando atrás de um sujeito de brilhantina na cabeça e casaco de couro, bem típico dos lambreteiros dos anos 50.
Vai explicar...

Em 3/10/2010, às 15:05:11, Belletti disse:
Estou preocupado com a "omissão" da Alcyone.Está quietinha.Não relatou se foi cumprir com o seu "direito" de cidadã,apesar de isenta do mesmo.
Sabemos da sua simpatia pela Dama de Ouro,mas quem sabe,uma mudança de ultima hora.Aguardamos retorno.PT,saudações.

Em 3/10/2010, às 17:16:32, Alice disse:
Diz aí o que vc. andou fazendo hoje, Cy!... rsrss... Votou?...

Em 3/10/2010, às 17:18:09, Renato Libeck disse:
Docastelo, esta de Leopoldina é muito boa. Certa feita Docastelo, saí de Lavras junto como meu pai com destino a Miradouro - MG ( me parace que na Rio - Bahia ). Eu fui dirigindo uma picape Chevrolet C-10 ano 75/76, branca, com apenas 2000 Km, transportando uns 700 Kg ( 2 máquinas agrícolas ). Saimos cedo, logo alcançamos SJdel Rei e rumamos para Barbacena. Pegamos a 040 e descemos em direção ao Rio de Janeiro. A uns 20Km depois de Barbacena entramos no Trevo para Santa Bárbara do Tugúrio e rumamos para Rio Pomba. No caminho de Rio Pomba começou uma chuva média e tome acelerador. Atravessamos Rio Pomba e rumamos para Leopoldina. Aí que veio o perigo. A rodovia na entrada de Leopoldina, nesta época, terminava o asfalto em uma curva e de repente dava em um piso com paralelepípedo e de morro abaixo. Eu estava a mais ou menos uns 70Km/h. De repente eu estava no perímetro urbano, morro abaixo, piso escorregadio, nem te conto. Afundei o pé no pedal de freios. Cadê freio, as lonas de freios estavam molhadas. Fui bombando o pedal para evitar o arraste, traseira escorrega para um lado, conserto para o outro, meu pai rezando para todos os santos e eu toureando a C10. Levei uns 150m para controlar a picape. Parei em um posto de gasolina lá embaixo, desci com as pernas bambas. Essa foi por pouco. Adoro Leopoldina.

Em 3/10/2010, às 17:33:53, Ricardo Galeno disse:
Derani, é vero!
Lembro que por volta dos 5 anos, fui à Pilares com meu pai na época do carnaval e sentei no segundo banco logo depois da porta da frente, próximo ao corredor! Então veio um grupo de rapazes fantasiados de mulheres e um dele sentou no meu colo, brincando falando que era lindo! Meu pai sabendo que era carnaval começou a rir, mas eu criança, chorei como um bezerro desmamado, lembro da cara do maluco surpreso com minha reação! E meu pai falando: "Ricardo, é brincadeira, não chora, ele só está brincando". E eu chorava horrores! Lembro disso perfeitamente! rsrsr

Em 3/10/2010, às 17:41:47, Richard disse:
Andava diariamente de lotação. Nunca achei tão perigoso assim. Seus motoristas corriam, mas eram fichinhas se comparados aos atuais motoristas de vans.
Sempre que voltava do colégio, pegava, no ponto final, o lotação "Francisco Sá - Leblon". Eramos um monte de alunos do C.M. e alunas dos Instituto de Educaçaõ e Guanabara. Morávamos todos na Zona Sul e éramos abominados pelos motoristas porque lotávamos o veículo e só descíamos quando aproximávamos do ponto final. O motorista não podia pegar ninguém durante o trajeto. Éramos chamados de "chumbinhos". Nunca soube porque!

Em 3/10/2010, às 17:50:54, Senna disse:
É Libeck, só de ler a sua aventura eu fiquei preocupado, ansioso em saber se tudo tinha terminado bem.
Onde está a Alcyone?
Falar nisso, tem muito cabo eleitoral "recolhido" pela justiça eleitoral.

Em 3/10/2010, às 18:02:18, Ricardo Galeno disse:
"a Pilares"

Em 3/10/2010, às 19:50:22, NALU disse:
Renato Libeck, já passamos por uma experiência um tanto sinistra nessa estrada para Santa Bárbara do Tugúrio. Aliás, a coisa estava tão perigosa que batemos em retirada rapidamente, de volta a Barbacena. Mas isso foi há muito tempo, e espero que tenha melhorado.

Em 3/10/2010, às 20:29:17, Renato Libeck disse:
Nalu, tem uma curva descendo a serra, ou tinha, porque tem anos que não passo por aquela estrada, onde tem uma enorme pedra que avança sobre a estrada. O automóvel passa debaixo da pedra. A pedra fica com a ponta sobre quase uma pista inteira. Como diz o Faustão: " O loco meu ". Será que ainda tem esta curva e esta pedra Nalu?

Em 3/10/2010, às 21:59:22, Tumminelli | página pessoal disse:
Confesso que ta aí uma coisa que não tenho curiosidade em ter conhecido.
:-))

Em 3/10/2010, às 22:22:27, NALU disse:
Não sei como está hoje. Na época a estrada estava em obras, e os avisos de perigo, à medida que se sucediam, ficavam mais "veementes". Quando passamos por um, do tipo "daqui para a frente, a responsabilidade é sua", resolvemos dar meia volta.

Comentários

sera minha disse…
falarão tanta besteira
gente ali e o despachante marcando a guia de horario [2] os motoristas desta epoca erão herois [3] vc tinha que rodar com carro ,,freio baixo,,as veses sem embreagem ,,sem limpador
folga na direção [dando ximbre] diferencial corrido,,e outros defeitos vc tinha de consertar na rua ,pois a maioria não tinha garagem ,,vc tinha que cobrar dar a fixa
e tinha quantidade de passageiro pra carregar
direção queixo duro e caixa de marcha
hoje em dia o motorita reclama de carro ruin
e reclama de cobrar ,90por cento dos motorista de hoje não teria capacidade pra trabalhar naquela epoca
eu fui motorista de lotação e onibus desde 1956
ate1992 [36 anos ] e tenho orgulho pois nunca tive acidente digo e provo
sera minha disse…
este cidadão BELLETI,,E LUIZ D, devia primeiro aprender para depois não fazer comentarios BOBOS
aquela foto E O DESPACHANTE SENTADO ATRAZ DO MOTORISTA , MARCANDO HORARIO NA GUIA
não tem nada de entrevista a jornal nenhum
eu fui motorista de lotação e onibus de 1955 ate 1992 com muito orgulho 37 anos em cima disto