1960 - 1969


Histórico

Diário da Noite, 04/01/1960, p.1
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O Globo, 28/04/1960, p.6


Em 1961, após a resolução de Carlos Lacerda, Governador do Estado da Guanabara, que determinava o fim dos lotações individuais, tornado obrigatória a operação por ônibus em empresas, em julho de 1961 a Auto Viação Tijuca que até então operava lotações, adquire 10 ônibus para operar nas linhas C-31 e C-32, na ligação entre os bairros da Usina e São Cristóvão, tornando-se a primeira empresa de lotação a ser legalmente constituída. Junto om a nova resolução, passou a ser obrigatória o uso de capelinhas para a identificação do número das linhas.


Avenida Rio Branco em outubro de 1962; Empresas: 29007 (Empresa de Transportes Braso Lisboa Ltda.), 36520 (Turi - Transportes Urbanos, Rurais e Interestaduais Ltda.) e 40033  (Transportes Mosa S.A.). Foto Arquivo Nacional. Fundo Correio da Manhã


Em 21 de maio de 1963, circulam os últimos bondes na Zona sul, nas linhas dos bairros do Flamengo, Laranjeiras e Cosme Velho.

Em maio de 1963, início da operação da primeira faixa exclusiva para ônibus da Zona Sul, no contrafluxo das avenidas Visconde de Pirajá e Ataúlfo de Paiva, permitindo a circulação dos ônibus elétricos da CTC nos dois sentidos. 


Primeira faixa exclusiva para ônibus da Zona Sul na rua Visconde de Pirajá


Na mesma época as avenidas Bartolomeu Mitre, Ataúlfo de Paiva e Visconde de Pirajá foram asfaltadas, substituindo os paralelepípedos, permitindo a circulação dos ônibus elétricos sem trepidação.

Em janeiro de 1964, a Companhia Americana Industrial de Ônibus (Caio) lança os novos modelos Jaraguá e Bandeirante, sendo o Bandeirante a versão rodoviária do Jaraguá.


Correio da Manhã, 02/02/1964

Correio da Manhã, 19/02/1964

Correio da Manhã, 27/02/1964


Em primeiro de março de 1964, com frota de 27 ônibus, foram inauguradas três novas linhas na Zona Sul, substituindo antigos lotações das empresas Copacabana Auto Lotações e Viação Leme Leblon:  

581 - Largo do Machado - Ipanema, via Lagoa, Viação Tijuca
582 - Largo do Machado - Ipanema, via Copacabana, Viação Tijuca
583 - Cosme Velho - Leblon, via Humaitá, Viação Três Amigos
584 - Cosme Velho - Leblon, Copacabana, Viação Três Amigos
558 - Horto Florestal - Copacabana, Transportes Acre

Em 2 de março de 1964, início da operação, ainda em experiência, das primeiras linhas de ônibus no aterro, somente nos horários de pico da manhã e da tarde. Na mesma ocasião a Viação Paraense inaugura a linha 120 (Castelo – Forte) denominada Expresso. A viagem entre Copacabana e o Centro passou a ser feita em 25 minutos contra 35 minutos via Praia do Flamengo.

Em 6 de julho de 1964, as linhas 403 (Rio Comprido-Jardim de Alá), 415 (Usina-Jardim de Alá), 455 (Meyer-Forte), 474 (Jacaré - Jardim de Alá) e 484 (Olaria - Forte) passam a circular pelo Aterro com o seguinte itinerário: Avenida Presidente Vargas, Avenida Alfred Agache, Avenida General Justo e Avenida Infante Dom Henrique.

Em 9 de setembro de 1965, a CTC inaugura a primeira linha de ônibus da cidade a passar pelo túnel Santa Bárbara, a 416 (Usina-Forte de Copacabana). Há um mês atrás moradores do bairro do Catumbi tinham entregue ao Secretário de Serviços Públicos um abaixo-assinado com 1.100 assinaturas, solicitando uma linha de ônibus pelo Túnel Santa Bárbara.

Em 1966, através do decreto n. 635/66 é criada a Comissão Estadual de Controle de Transporte de Passageiros – BTC.

Em 11 de março de 1966, através do Decreto nº 1.042, é criado o serviço de ônibus especiais, estabelecendo o uso de veículos com capacidade mínima para 36 passageiros sentados.

Em 24 de novembro de 1966, é adotado o regime de mão única na rua Dias Ferreira, no sentido avenida Ataulfo de Paiva, alterando o itinerário das linhas 438 (Barão de Drumond-Leblon), 512 (Urca-Leblon), 521 (Vidigal-Mourisco), 558 (Horto-Lido) e 592 (Gávea-Leme).

Em novembro de 1966, o governador Negrão de Lima aprova o projeto de construção de um Terminal Rodoviário no Campo de São Cristóvão, com 13 vagas, para linhas do Nordeste, que nunca foi construído.

No governo Negrão de Lima (05/12/65 a 15/3/71) o número de empresas permissionárias é reduzido de 121 para 54, após a exigência de frota mínima de 60 veículos por empresa determinada pelo Decreto nº 1.482 de março de 1967. 

Em maio de 1967 a cidade contava com 121 empresas particulares com frota de 3.800 ônibus, mais uma empresa pública com 625 ônibus. 

Entre 1967 e 1968, devido à exigência de frota mínima de 60 carros, muitas empresas para sobreviverem foram obrigadas a adquirir ou se fundir com outras empresas. Nesse período houve 53 vendas de empresas, 6 fusões e 3 cancelamentos de permissão. 

Entre 1967 e 1970, não foi autorizado o funcionamento  de nenhuma nova empresa de ônibus.


O Globo, 10/11/1967


Elétricos

Em 14 de dezembro de 1967, os ônibus elétricos da CTC chegam ao Meyer, concluindo o projeto de  instalação da rede de ônibus elétricos da Zona Norte.

Em fevereiro de 1968, é implantada uma faixa exclusiva para ônibus na Avenida Nossa Senhora de Copacabana.

Em 17 de setembro de 1968,  apenas 4 empresas ainda não tinham regularizado sua situação quanto à exigência de frota mínima de 60 carros, cujo prazo terminava 30 de setembro de 1968: Taruman, Maracanã, Garcia e Santa Sofia.

Em novembro de 1968, o Estado da Guanabara contava com 78 empresas de ônibus com frota de 4.238 veículos diesel distribuídos em 242 linhas. O sistema de ônibus elétrico da CTC contava com frota patrimonial de 198 veículos, sendo 110 trólebus em operação em 9 linhas na Zona Sul  e 50 trólebus em 5 linhas da Zona Norte. 

Em 1968, em Brasília, o Senado Federal autoriza o Governo do Estado da Guanabara a contrair empréstimo de 10 milhões de marcos para a construção do Metrô .


Correio da Manhã, 01/04/1969



Em maio de 1969, segundo levantamento da Secretaria de Serviços Públicos, a cidade do Rio de Janeiro contava com 59 empresas de ônibus particulares. Com maiores números de veículos: Paranapuan - 115, Uruguai Transportes - 111,  Amigos Unidos - 100, Glória - 96. A menor empresa era a Pégaso que explorava uma única linha de ônibus especial,  a Praça Mauá - Santa Cruz, via Campo Grande, com 20 ônibus.

Em agosto de 1969, o Bureau de Transportes Concedidos proíbe a fixação do itinerários das linhas nos pára-brisas, trazendo transtornos para os passageiros e motoristas.


REFERÊNCIAS:

Uma carteira vale 20 multas. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 28 janeiro 1961. p.10.

Concessões tem novo Diretor. Jornal do Brasil. 09 fevereiro 1962. p.7.

Primeiro Lotação com 30 lugares é da Praça Quinze – Tijuca. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 17 março 1962. p.5.

Governo do Estado. Correio da Manhã. Rio de Janeiro. 14 fevereiro 1962. p.7.

Lotação de 30 lugares. O Jornal. Rio de Janeiro. 17 fevereiro 1962.

Ônibus são beneficiados pela Operação Tijuca. Correio da Manhã. 17 abril 1962. p.1.

Ônibus: Livros vão dizer a verdade sôbre o aumento. Correio da Manhã. 13 novembro 1962. p.1.

Cumpram o Decreto do Governador depois reivindiquem o Aumento. A Noite. 19 novembro 1962. p.3.

Ônibus no aterro. Diário de Notícias. Rio de Janeiro. 07 julho 1964. p.2.

Ônibus. Correio da Manhã. Rio de Janeiro. 04 maio 1969. 6º Caderno. p.1.

Trânsito pretende devolver itinerário dos ônibus em tabuleta na porta traseira. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 11 junho 1969. p.5.

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