Histórico
Em janeiro de 1963, o governador do estado da Guanabara, Carlos Lacerda, autorizou o início dos estudos para a construção de um edifício garagem de 14 andares, com 3 mil vagas, sobre o terminal de ônibus da Avenida Erasmo Braga, na esplanada do Castelo. Uma ideia antiga. O plano foi oficialmente aprovado em janeiro de 1964.
Em 10 de maio de 1970, são demolidas as 3 coberturas do Terminal Erasmo Braga para o início das obras de construção do Edifício Garagem Menezes Cortes.
Em 16 de julho de 1971, com o prédio ainda em construção, é lançada a venda das 2 mil vagas cativas da Garagem, com preços variando entre Cr$ 10.500 e Cr$ 12.500, podendo ser pago em 25 prestações. Dos 16 andares do terminal, 13 serviam como garagem, com capacidade para 3 mil vagas.
Obras de construção do Terminal Menezes Cortes em junho de 1972
Foto Arquivo Nacional. Fundo Correio da Manhã.
Em primeiro de maio de 1973, o governador Chagas Freitas inaugurou o terminal, que entrou em operação seis dias depois.
O terminal, com 120 mil metros quadrados de área construída e projetado pela arquiteta Theresia Bárbara Zsoit era administrado pela FTREG (Fundação dos Terminais Rodoviários e de Estacionamentos do Estado da Guanabara).
O edifício foi construído sobre o terreno do antigo terminal rodoviário construído na década de 1950 que abrigou também, entre 1962 e 1969, os pontos finais das linhas de ônibus elétricos da CTC.
A denominação de Terminal Menezes Cortes foi uma homenagem do governador Carlos Lacerda ao antigo Diretor do Trânsito do Estado da Guanabara.
Em setembro de 1973, o terminal abrigava o ponto final das linhas 101 (Castelo – Jardim de Alá) e 219 (Praça 15 – Usina).
Em 19 de outubro de 1973, foi inaugurada a primeira linha de ônibus especial com ar-condicionado da cidade, pela Viação Redentor, ligando o Terminal Menezes Cortes à Praça Seca, em Jacarepaguá.
Em 1975, em função do sucesso do novo serviço de linhas especiais com ar-condicionado, o terminal Menezes Cortes ficou pequeno para a demanda. Cogitava-se a construção de um novo terminal exclusivo para as linhas especiais da Zona Norte num terreno vago do INPS na rua Passos, que nunca foi construído. Segundo o PUB-Rio 1977, cerca de 25 mil passageiros utilizavam o Terminal Menezes Cortes todos os dias.
O ano de 1983 marca a extinção da maioria das linhas especiais com ar-condicionado da Zona Norte. O espaço vago deixado pelas linhas no terminal passou a ser ocupado, em parte, pelas 4 linhas especiais sem ar-condicionado da Expresso Pégaso, que tinham ponto final no Aeroporto Santos Dumont e na Praça Mauá.
Em 12 de maio de 1986, as linhas 206 (Castelo - Silvestre), 214 (Castelo - Santa Teresa) e 340 (Castelo - Vila da Penha), todas da CTC, passaram a ter ponto final na Plataforma A do Terminal Menezes Cortes.
No mesmo dia as linhas 240, 267, 268 e 269, que antes tinham ponto final no Largo de São Francisco, foram transferidas para a Avenida Erasmo Braga, ao lado do Terminal Menezes Cortes.
REFERÊNCIAS:
Prédio-garagem no Rio guardará 4 mil carros. Diário de Notícias. Rio de Janeiro. 09 janeiro 1963. p.2.
Vagas no terminal já estão à venda. O Jornal. Rio de Janeiro. 16 julho 1970. p.2.
Curtas. Jornal do Commercio. Rio de Janeiro. 19 outubro 1973. p.10.
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