30.04.10 às 22h23 - O Dia
Promotoria da Defesa do Consumidor vai abrir inquérito sobre o reajuste atrelado à licitação das linhas. Tarifa subirá para R$ 2,40
POR MAHOMED SAIGG
Rio - O Ministério Público Estadual vai abrir inquérito para investigar o aumento da tarifa de ônibus na cidade do Rio. O reajuste anunciado quinta-feira pela Secretaria Municipal de Transportes deverá entrar em vigor em outubro, quando será concluído o processo de regulamentação do setor.
Enquanto aguardam as mudanças e o lançamento do Bilhete Único na capital, que permitirá o embarque em dois ônibus no intervalo de duas horas pelo preço de uma passagem, usuários reclamam da qualidade do serviço.
De acordo com o promotor Rodrigo Terra, da Promotoria de Defesa do Consumidor, o novo aumento das passagens — que elevará a tarifa de R$ 2,35 para R$ 2,40 — é ilegal. “Os reajustes só podem ser anuais”, lembrou o promotor. Este ano, já houve aumento, em fevereiro.
Segundo Terra, não é justo obrigar quem só utiliza uma condução — no intervalo de duas horas — a pagar o mesmo que aqueles que serão beneficiados com o Bilhete Único, previsto para setembro.
“O ideal é que a prefeitura ofereça a opção de pagamento para quem vai e para quem não vai usar o Bilhete Único. Ninguém pode ser obrigado a pagar mais para garantir o desconto dos outros”, pondera.
Cerca de 20% dos passageiros da capital lucrariam com o Bilhete Único, conforme o Sindicato das Empresas de Ônibus do Rio (Rio Ônibus). O presidente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do estado (Fetranspor), Lélis Teixeira, não descarta a possibilidade de recorrer à Justiça caso não concorde com os termos do edital.
“Aguardaremos a publicação, em 24 de maio, para decidir o que fazer. Mas as empresas que fizeram investimentos precisam ter garantias de que não ficarão no prejuízo caso não vençam a licitação”, destaca Lélis, que reclama da falta de subsídio para custear o Bilhete Único. “Desse jeito as empresas correm o risco de quebrar”.
No Ministério Público, os problemas do transporte rodoviário no Rio lideram o ranking das queixas registradas pelos cariocas. “O serviço é tão ruim que não dá para confiar nos ônibus”, desabafa o professor Amaury Garcia, 32 anos, que mora na Ilha.
Auxiliar de escritório, Joelma Gomes, 24, também reclama: “Esse aumento é absurdo. Não vou usar o Bilhete Único porque não preciso de dois ônibus para ir de casa para o trabalho e vou ter que pagar mais? Vão fazer falta no fim do mês R$ 0,05 a mais por viagem”.
Enquanto aguardam as mudanças e o lançamento do Bilhete Único na capital, que permitirá o embarque em dois ônibus no intervalo de duas horas pelo preço de uma passagem, usuários reclamam da qualidade do serviço.
De acordo com o promotor Rodrigo Terra, da Promotoria de Defesa do Consumidor, o novo aumento das passagens — que elevará a tarifa de R$ 2,35 para R$ 2,40 — é ilegal. “Os reajustes só podem ser anuais”, lembrou o promotor. Este ano, já houve aumento, em fevereiro.
Segundo Terra, não é justo obrigar quem só utiliza uma condução — no intervalo de duas horas — a pagar o mesmo que aqueles que serão beneficiados com o Bilhete Único, previsto para setembro.
“O ideal é que a prefeitura ofereça a opção de pagamento para quem vai e para quem não vai usar o Bilhete Único. Ninguém pode ser obrigado a pagar mais para garantir o desconto dos outros”, pondera.
Cerca de 20% dos passageiros da capital lucrariam com o Bilhete Único, conforme o Sindicato das Empresas de Ônibus do Rio (Rio Ônibus). O presidente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do estado (Fetranspor), Lélis Teixeira, não descarta a possibilidade de recorrer à Justiça caso não concorde com os termos do edital.
“Aguardaremos a publicação, em 24 de maio, para decidir o que fazer. Mas as empresas que fizeram investimentos precisam ter garantias de que não ficarão no prejuízo caso não vençam a licitação”, destaca Lélis, que reclama da falta de subsídio para custear o Bilhete Único. “Desse jeito as empresas correm o risco de quebrar”.
No Ministério Público, os problemas do transporte rodoviário no Rio lideram o ranking das queixas registradas pelos cariocas. “O serviço é tão ruim que não dá para confiar nos ônibus”, desabafa o professor Amaury Garcia, 32 anos, que mora na Ilha.
Auxiliar de escritório, Joelma Gomes, 24, também reclama: “Esse aumento é absurdo. Não vou usar o Bilhete Único porque não preciso de dois ônibus para ir de casa para o trabalho e vou ter que pagar mais? Vão fazer falta no fim do mês R$ 0,05 a mais por viagem”.
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